São Paulo jogará Libertadores sem Ceni pela primeira vez desde 1992

Goleiro-artilheiro foi inscrito em 11 edições do torneio internacional e, com sua aposentadoria no último fim de semana, deixará o Tricolor órfão na próxima temporada

Rogério Ceni  - São Paulo
Ídolo até defendeu dois pênaltis contra o Cruzeiro em maio, mas time foi eliminado (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

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O São Paulo sofreu durante todo o ano, mas está garantido na Copa Libertadores da América de 2016, em sua fase preliminar. E pela primeira vez desde o ano de 1992, o torneio será disputado pelo clube do Morumbi sem a presença do ídolo Rogério Ceni no elenco.

O Mito foi mero espectador na tarde de ontem no Serra Dourada, quando o Tricolor bateu o Goiás por 1 a 0 e carimbou a vaga na competição continental. Na saída do gramado, os jogadores lembraram do fim da carreira do goleiro-artilheiro após 25 anos e lamentaram sua ausência na Libertadores.

– Eu posso imaginar a vontade do Ceni de estar em campo hoje. Acho que ele é um grande espelho para todo mundo. Fico feliz com a vitória – afirmou o volante Hudson, um dos destaques da partida.

A história de Ceni com a Libertadores começou em 1993, quando foi reserva do ídolo Zetti na campanha do bicampeonato do clube. A primeira participação como titular foi em 2004, quando o São Paulo foi eliminado na semifinal pelo Once Caldas (COL). Já o último compromisso foi em maio deste ano, na queda para o Cruzeiro nos pênaltis nas oitavas de final. O duelo foi no Mineirão.

- Um dos meus jogos favoritos é contra o Rosario Central (ARG), nas oitavas de final de 2004. Foi um ano especial por termos voltado a disputar a Libertadores após dez anos. Era um jogo perdido, viramos no tempo normal e revertemos também nos pênaltis - relembra o Mito, que defendeu duas cobranças seguidas contra os argentinos e terminou a noite como herói.

Foram 90 jogos pelo torneio internacional, um recorde entre atletas brasileiros. No ranking geral, Rogério é o quinto colocado no quesito. Com 14 gols, é também o maior artilheiro do São Paulo, empatado com o amigo Luis Fabiano, outro que encerrou a história no clube nesta semana. Por outro lado, foram 78 gols sofridos pelo camisa 01 tricolor.

O ápice da história do Mito são-paulino com a Libertadores foi em 2005. O tricampeonato conquistado sobre o Atlético-PR com goleada por 4 a 0 no Morumbi foi construído com cinco gols do capitão na campanha.

A história de Ceni pela Libertadores teve 36 rivais diferentes pelo caminho. A lista de adversários que mais vezes foram enfrentados pelo goleiro-artilheiro - quatro confrontos - tem Alianza Lima, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Once Caldas, The Stongest (BOL), Chivas (MEX) e Audax Italiano (CHI).

Foram ainda 36 estádios visitados. O recorde de 44 partidas, obviamente, pertence ao Morumbi. Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), e Hernando Siles, em La Paz (BOL), aparecem em segundo com três visitadas do capitão são-paulino.

Confira os times enfrentados por Ceni na Libertadores:

Alianza Lima (PER)
LDU (EQU)
Cobreloa (CHI)
Rosario Central (ARG)
Deportivo Táchira (VEN)
Once Caldas (COL)
The Strongest (BOL)
Quilmes (ARG)
Palmeiras
Tigres (MEX)
Universidad de Chile (CHI)
Atlético-PR
Caracas (VEN)
Chivas (MEX)
Cienciano (PER)
Estudiantes (ARG)
Internacional
Audax Italiano (CHI)
Necaxa (MEX)
Grêmio
Atlético Nacional (COL)
Sportivo Luqueño (PAR)
Nacional (URU)
Fluminense
Defensor (URU)
América de Cali (COL)
Nacional (PAR)
Monterrey (MEX)
Universitário (PER)
Cruzeiro
Bolívar (BOL)
Arsenal de Sarandí (ARG)
Atlético-MG
Corinthians
Danubio (URU)
San Lorenzo (ARG)

Confira os estádios já visitados por Ceni na Libertadores:

Morumbi
Estádio Nacional de Lima (PER)
La Casa Blanca (EQU)
Municipal de Calama (CHI)
Gigante de Arroyito (ARG)
Pueblo Nuevo de San Cristóbal (VEN)
Palogrande (COL)
Hernando Siles (BOL)
Centenário Dr. José Luis Meiszner (ARG)
Estádio Nacional (CHI)
Palestra Itália (SP)
Universitário (MEX)
Monumental de Núñez (ARG)
Beira-Rio (RS)
Brigido Iriarte (VEN)
Jalisco (MEX)
Inca Garcilas de la Vega (PER)
Bicentenario La Florida (CHI)
Victoria (MEX)
Campeones de 36 (PER)
Olímpico (RS)
Atanasio Girardot (COL)
Feliciano Cáceres (PAR)
Parque Central (URU)
Maracanã
Pascual Guerrero (COL)
Luiz Franzini (URU)
Arsenio Erico (PAR)
Tecnológico (MEX)
Monumental de Lima (PER)
Mineirão
Arena Independência (MG)
Pacaembu
Julio Grondona (ARG)
Arena Corinthians (SP)
Nuevo Gasómetro (ARG)

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