Às vésperas da final, Santos vive ‘democracia’ para superar jejum

Nos quatro meses de trabalho de Dorival Júnior, Peixe nunca ficou três jogos sem balançar as redes. Antes da final da Copa do Brasil, elenco se fecha e evita entrevistas

Ricardo Oliveira
Ricardo Oliveira é o capitão do elenco santista (Foto: Ivan Storti / Lancepress!)

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O Santos estagnou. Passada a incrível campanha de reação sob o comando de Dorival Júnior, a equipe já não vence há três jogos. E pior: não marca um único gol desde o dia 1 de novembro, quando superou o Palmeiras por 2 a 1, pelo Brasileirão. Desde então, dois empates e uma derrota que fizeram o Peixe cair duas posições e enfraquecer o sonho de G4 no Brasileirão, além de criar uma inesperada pressão às vésperas do primeiro jogo das finais da Copa do Brasil, contra o rival Palmeiras, na Vila Belmiro.

No domingo, o Peixe entrou em campo com time reserva a pedido dos próprios jogadores, que argumentaram pouco tempo de recuperação entre os jogos contra o Flamengo e o Coritiba. No dia seguinte, o grupo desembarcou em São Paulo adotando a lei do silêncio: após uma breve reunião, os líderes do elenco combinaram de não dar entrevista, e apenas balançaram a cabeça aos pedidos dos diversos veículos. As decisões, tanto de preservar os titulares quanto de blindar o grupo, evidenciam o aumento da pressão interna perto dos jogos mais importantes do ano. Além disso, também mostram que o grupo assumiu mais responsabilidades na busca pelo título da Copa do Brasil, já que o G4 agora é um sonho distante no time de Dorival.

– Tivemos que tomar uma decisão, e sabemos que a pressão vai acontecer pelas duas frentes – disse Dorival, após a derrota em Curitiba.

O técnico do Santos, aliás, lida com um momento delicado da equipe dentro de campo. Os três jogos sem vencer representam o seu maior jejum nestes pouco mais de quatro meses no comando do Peixe – o aproveitamento, alto durante a incrível reação, hoje está em 71% dos pontos, reforçada a fragilidade da equipe em jogos como visitante no Brasileirão.

Além disso, o ataque sem marcar nos três jogos iguala um feito negativo de 2012, última vez em que o Santos ficou tanto tempo sem balançar as redes adversárias. Afeito a futebol ofensivo, Dorival espera que a história seja diferente a partir de amanhã, de novo contra o rival Palmeiras.

Para superar seu maior jejum sob o comando de Dorival, o símbolo da reação que tirou o Santos da zona de rebaixamento e deu esperanças neste segundo semestre, o apego é na campanha na Copa do Brasil: 100% de aproveitamento. Vai manter?

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