Pool da Copa: ‘Brasil acaba com a Costa Rica no momento mais doloroso. Adeus, Mundial’

Confira a crônica dos jornalistas do Nación, jornal da Costa Rica, sobre a derrota por 2 a 0 para a Seleção Brasileira. Resultado eliminou os ticos da competição.

Costa Rica x Brasil
AFP

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Keylor defendeu, Gamboa tirou na linha, a muralha tico segurou e até o VAR salvou a Costa Rica quando Neymar queria inventar uma penalidade. Tudo ia bem para a Sele... até os 90 minutos. A defesa quase perfeita da Costa Rica foi destruído por um segundo e adeus à Copa do Mundo.

Coutinho penetrou a defesa e atirou entre as pernas do goleiro tico na pequena área. Nada para fazer. Quando doía mais e as pernas já não davam, o Brasil respirava e a Costa Rica chorava. Sim, machucou os jogadores, machucou Óscar Ramírez no banco e todo um país que já sonhava.

Parecia a partida perfeita da Sele, até que Coutinho terminou tudo. E então Neymar, no momento da reposição, quando o time já estava derrotado, marcou o segundo. 2 a 0.

No primeiro tempo, a Sele implantou um esquema que era tão sólido quanto efetivo, com base em uma abordagem conservadora, mas eficiente, que minimizava o potencial ofensivo do Brasil.

A Tricolor se segurava diante do domínio brasileiro. Nem mesmo Neymar conseguiu penetrar com total clareza no primeiro tempo, embora tenha tentado desequilibrar no lado esquerdo até seis vezes. A equipe construiu o sucesso de sua abordagem com base em um esquema com linhas muito fechadas, o que deixou um espaço mínimo entre o meio-campo e o ataque.


Embora a posse da bola tenha sido para o Brasil, o Sele conseguiu a chance de gol mais clara, quando Cristian Gamboa penetrou pela direita e tocou para Celso Borges na entrada da área. O meia bateu muito fraco e a Tricolor perdeu a oportunidade mais clara do jogo. Depois conseguiu manter a defesa sólida ante o poderio ofensivo brasileiro, mas não foi muito sufocada.

No segundo tempo foi o show de Keylor Navas. Dessa vez, a Canarinha transformou seu domínio em chances de perigo, quando se dedicou a levar a bola de um lado para o outro, com um mano a mano que dava muito trabalho para a retaguarda tricolor. De Neymar a Coutinho, de Coutinho a Douglas Costa, o controle foi absoluto para o Brasil, que só nos primeiros cinco minutos gerou três jogadas claras de perigo.

Christian Gamboa, ponto alto da equipe, salvou uma bola na linha após chute de Gabriel Jesus, que um segundo antes acertou a bola na trave com um bom chute.

A Costa Rica, muito concentrada em seus movimentos, jogou até o limite em seus últimos 15 minutos até que a jogada mais marcante do duelo aconteceu, quando Neymar fingiu falta dentro da área e o juiz marcou a penalidade máxima, no minuto 77. O atacante brasileiro inventou uma falta por Giancarlo González, mas com a colaboração do VAR, o juiz corrigiu o erro e sinalizou tiro de meta.

Após este jogada, o domínio do Brasil foi mantido, mas sem a intensidade do início, antes do desgaste evidente e da frustração de topar com a defesa ao longo do jogo.

Keylor defendeu, Gamboa tirou na linha, e a Costa Rica se defendeu com unhas e dentes. Nem toda a artilharia brasileira foi suficiente para superar o bloco defensivo da Sele.

Até os 90. Coutinho atirou no coração. Acabou o sonho. Adeus, Rússia.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/La Nación
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