Mudanças de Diniz vão além do estilo de jogo e fazem o Vasco ser mais competitivo e sonhar com o acesso

Comandante retomou a confiança de seus jogadores e deu sequência ao jovem Riquelme. Ele também recolocou o Cruz-Maltino na disputa por uma vaga na elite do futebol nacional 

Fernando Diniz - Vasco
Com a chegada de Diniz, Vasco voltou à disputa pelo acesso, mas necessita de sequência (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

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Com uma campanha irregular, o Vasco precisava mudar não só o seu estilo de jogo, como a postura em campo. Para isso, Fernando Diniz chegou para tentar em pouco tempo tornar a equipe mais competitiva na busca pelo acesso. Neste sentido, o Cruz-Maltino demonstra reação sob a batuta do novo comandante e anima os torcedores nesta reta final de Série B.


A confiança do time estava em baixa, sendo frágil na defesa e sem qualquer poder de reação. A troca de Marcelo Cabo por Lisca não surtiu efeito e o Vasco caiu ainda mais de rendimento. Na época, chegou a ter apenas 3% de chance conquistar o acesso.

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Desde o primeiro jogo sob o comando de Diniz, o que se viu em campo foi um estilo de jogo com mais movimentação. A aproximação entre os atletas para tocarem a bola, com tabelas, e profundidade ganhou forma. E logo na estreia, o time dominou o CRB em pleno Rei Pelé, mas cedeu o empate nos acréscimos.

Apesar disso, a posse de bola passou a ser produtiva com mais atletas entre as linhas gerando espaços na defesa adversária. O toque de bola lateral deu lugar a um jogo mais vertical na frente, com mais aproximação. Outro aspecto importante é a pressão na saída de bola, tentando forçar o erro do adversário., com uma marcação alta.

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– Esse é um esquema que na base e na Seleção Brasileira eu fazia muito, era um estilo de jogo muito semelhante. O professor Diniz nos dá muito liberdade para se movimentar, para ter confiança dentro do campo e ele assume qualquer outro problema que existir. Essa confiança que ele nos dá, é muito boa para todo o grupo e acho que esse é o principal fator para a evolução da equipe – disse Bruno Gomes

Mais do que isso, o treinador tem encontrado soluções que seus antecessores não conseguiram. Uma delas é recuar Marquinhos Gabriel para vir de trás  como armador. Por esse setor, ele subiu de produção e tem trabalhado bem tanto na transição ofensiva, como na recomposição. Outro aspecto que fez a confiança ser retomada foi a presença de Nene.

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O camisa 77 mudou o ambiente do clube em vários sentidos. Em campo, trouxe experiência, qualidade de passe e na bola parada, e dividiu o protagonismo com Germán Cano. Por ter identificação com a torcida, o meia chama a responsabilidade em campo, tem personalidade, e mesmo com 40 anos faz a diferença sendo decisivo.

Além disso, Diniz fez outros jogadores subirem de produção: Andrey, Bruno Gomes, Morato e o próprio Cano são alguns deles. Além disso, deu a chance de ouro para Riquelme aparecer. O jovem lateral desde que foi testado, encantou a torcida e trouxe uma nova opção ofensiva pelo lado esquerdo.

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Diante de tudo que foi exposto, as mudanças vão além do estilo de jogo. A confiança foi retomada e os jogadores demonstram entrega, intensidade e muita movimentação. A defesa, por sua vez, ainda dá dor de cabeça e já sofreu 32 gols no campeonato. Porém, o Vasco chega para as oito rodadas que restam mais competitivo e inteiro para brigar pelo grande sonho: o acesso.

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