No sub-20, Brasil enfrenta Espanha, escola do 'jogo bonito' atual

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Neste domingo, às 20h, brasileiros e espanhois se enfrentam no Mundial Sub-20 da Colômbia. Mais do que a vaga na semifinal, está em jogo a afirmação de estilos de jogo.
Campeã da Copa-2010, a escola espanhola – impulsionada em parte pelo supertime do Barcelona – virou sinônimo de futebol bonito (título que sempre esteve invariavelmente ligado ao Brasil). E a Fúria sub-20 bebe na mesma fonte da seleção principal, que tem como prerrogativas básicas a posse de bola, a saída rápida e ofensividade.Curiosamente, seis titulares jogam pelo Barcelona, que também é base da equipe campeã do mundo.
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– O clube formador precisa de um olhar muito apurado. É por isso que os jogadores mais técnicos saem da base do Barcelona – ensinou Albert Puig I Ortoneda, técnico das categorias de base catalã.
Por isso, o trabalho de base espanhol é motivo de reverências por parte do treinador brasileiro Ney Franco. Ele destacou que os resultados são fruto de um processo iniciado há anos pelos clubes espanhóis e não apenas pelo Barça. Afinal, Rodrigo,brasileiro naturalizado espanhol e destaque do time foi formado no Real.
No entanto, Ney afirma que não há nada que seja novidade para a escola brasileira. Em um momento de entressafra em nosso futebol, a Sub-20 pode ser um alento para a reafirmação das características da Seleção.
– A Espanha não é exatamente uma referência, é um alerta. Um alerta para jogar como nosso futebol sempre jogou. Estamos redescobrindo o jeito brasileiro de jogar. Mas é positivo que o mundo do futebol esteja miran-do o modelo espanhol. Importamos muitas coisas que feriam nosso jogo, mas a escola deles é válida para nós – analisou Ney Franco, que espera dar à escola brasileira uma vitória relevante contra um concorrente ao título de rei do jogo bonito.
Antes de tudo, o treinador das divisões de base precisa ser um professor e se preocupar com a educação dos meninos. No Barcelona, acompanhamos o desempenho deles na escola e estamos atentos à formação como seres humanos antes de profissionais. Eles têm de aprender a receber um "não" para crescerem como homens.
Depois, já entram em contato com o time principal e começam a entender o que é vestir a camisa do Barcelona. Estão íntimos com a filosofia de jogar limpo, serem criativos e não menosprezarem ninguém. Aprendem, depois, a se agrupar em campo e a buscar o jogo coletivo de trocas de passes, sempre em busca do gol.Estes são os segredos das canteras do Barcelona.
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