‘Satanás’ empurra Peñarol na final da Libertadores

Ele se chama Richard Sánchez, mas pede a todo momento para ser mencionado pelo apelido: Satanás. É assim que esse torcedor do Peñarol, de 36 anos, tumultou o desembarque do Santos, na última terça-feira, e conversou com a reportagem no LANCENET! na tarde desta quarta, em frente à sede oficial do clube, poucas horas antes do jogo contra o Santos.

O torcedor conta que a alcunha diabólica deve-se ao fato de ter aprontado muito quando criança - o que exatamente ele não quis revelar - em Nova York. Isso mesmo, ele é uruguaio, fanático pelo Peñarol, mas passou a vida quase inteira na cosmopolilta cidade dos Estados Unidos. De lá, preside a "Peñas de New York", uma organizada formada por torcedores do clube que vivem na "cidade que nunca dorme". O grupo, que vem do bairro do Queen's, traz como símbolo a Estátua da Liberdade vestindo as cores aurinegras da agremiação uruguaia.

Torcedor do Peñarol invade entrevista com Luis Álvaro

- Somos cerca de 200 torcedores do Peñarol em Nova York e sempre acompanhamos a equipe. Estamos aqui para apoiar o time e iremos em peso para São Paulo ver o jogo final, semana que vem.

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Richard, ou melhor, Satanás é o torcedor que importunou o presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, no desembarque da delegação santista no aeroporto de Carrasco, na capital uruguaia. Enquanto o mandatário falava, ele cantava o nome do Peñarol o tempo inteiro.

- Meu desembarque de Nova York coincidiu com o do Santos. Não podia perder a oportunidade, né? Essas coisas só acontecem comigo, sempre. Não tenho medo de nada, sou Peñarol, uruguaio, o que vocês acham? - reagiu, com um pouco mais de veemência, quando questionado se não temia a ação de seguranças do aeroporto ou, até mesmo, do Santos.

Esse torcedor com apelido infernal contou que esteve na final da Libertadores de 87, última vez que o Peñarol conquistou a competição e que, quando pequeno, chegou a entrar em campo de mãos dadas com jogadores da equipe. Ele espera que seu pacto satânico se repita agora na esperança do sexto título continental.