Presidente do Conselho Fiscal relata falha na data das eleições

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O presidente do Conselho Fiscal e membro da Junta Eleitoral do Vasco da Gama, Hércules Figueiredo, falou nesta quarta-feira sobre os problemas existentes nas datas para a realização das eleições no clube. Segundo ele, as eleições foram marcadas para o dia 28 de junho, mas é necessário um prazo de 60 dias entre a data de publicação do edital de convocação até as eleições. Com isso as eleições no Vasco só poderiam ser realizadas no dia 29 de junho.
- Em realidade, o estatuto do Vasco prevê que, de fato, existe um intervalo entre a data da publicação do edital de convocação das eleições e a realização delas de, no mínimo, 60 dias. Se esse edital foi feito no dia 30 de abril, se contarmos 60 dias corridos, chegaríamos ao dia 29 de junho, porque o mês de maio tem 31 dias. Com mais os 29 de junho, chegaríamos no mínimo aos tais 60 dias estabelecidos. As eleições deveriam ocorrer, então, no mínimo, dia 29 de junho, não no dia 28, como foi marcado - disse o à Rádio Brasil, completando:
- O problema é que agora o dilema é saber o que será descumprido. Esse prazo de 60 dias é de estatuto, mas existe outra questão. Os mandatos do Vasco, tanto do presidente e vice da assembleia geral, assim como dos conselheiros, se expira em 26 de junho. Isso porque a posse da atual gestão foi dia 27 junho de 2008. Mas o fato concreto é que, levando-se em consideração o término dos mandatos do presidente da Assembleia Geral, do vice-presidente da Assembleia Geral e dos conselheiros, a realização de uma assembleia a posteriori do dia 28 de junho já cria um obstáculo, porque aí os mandatos já teriam sido encerrados. Resta saber o que será feito disso. Agora, que evidentemente houve um cochilo muito sério do presidente da Assembleia Geral, disso não resta a menor dúvida, porque esse processo começou lá no dia 14 de fevereiro e veio se arrastando. Isso poderia ter sido evitado.
Hércules ainda revelou que há algum tempo vinha requerendo ao presidente Roberto Dinamite o cadastro dos sócios do clube disponíveis a votar.
- Eu, desde o dia 30 março de 2010 venho reiteradas vezes requerendo ao presidente, de maneira formal, o cadastro de sócios do clube, porque eu sabia que se teria que fazer um minucioso trabalho de revisão nesse cadastro. Esse cadastro contém muitas inconsistências, de diversas naturezas. Ele precisa ser dinâmico e estar permanentemente sendo atualizado com endereço, telefones, cadastros dos sócios... podem haver pessoas que falecem e a família não nos comunica. O clube não pode tirar essas pessoas da lista pelo fato de terem idade avançada, porque algumas podem estar ainda vivas. Não recebi nenhuma resposta desse ofício. O presidente fez "ouvido de marcador" para esse pedido. A essência desse pedido era fazer com que a gente chegasse a esse momento em que estamos agora com uma lista em definida, confiável, consistente, coisa que hoje, infelizmente a gente não pode afirmar isso - disse ele, que continuou:
- Agora não sabemos se teremos uma prorrogação de mandatao, o que é horrível. Não se pode fazer isso nem que seja por um minuto. Eu, por exemplo, se fosse presidente da Assembléia Geral, eu imediatamente, percebendo essa situação, esse lapso que foi cometido, eu trataria de convocar uma reunião informal com todos os presidentes de poderes, para colocar essa questão sobre a mesa e ver qual o melhor caminho a ser seguido, tentar nessa via administrativa, do diálogo, ver se existe uma possibilidade de se fazer uma situação consensual, que eu acho muito difícil.
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