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Osorio enaltece empenho de Pato e afirma: ‘Aceitou o desafio de competir’

Dia 01/03/2016
00:07

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Após algumas temporadas de desempenho irregular, Alexandre Pato vem conseguindo ter boas atuações e angariar bons números em 2015. Nesta terça, em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, o treinador do São Paulo, Juan Carlos Osorio, comentou sobre a mudança de posição do atleta, elogiou as qualidades de Pato e salientou que o atacante tem se destacado porque 'aceitou o desafio de competir'.

- Falei para Alexandre (Pato): "Quero que você fale abertamente onde quer jogar". Ele falou para mim: "Como segundo atacante." Eu falei: "Aí temos um problema, não jogo com segundo atacante, jogo com três, dois pontas e um atacante." Então acordamos ele na ponta. Aí sim. Pela direita, ele não é de cruzamento. Pela esquerda, faz todo sentido. Jogando para fazer tabela, arrematar e pode utilizar toda sua "mágica". Única condição: tem que ajudar com o lateral-direito do outro time. Tem que ajudar o time a trabalhar. No último jogo ele deu carrinho, ajudou... eu valorizo muito isso. Como conclusão, ele tem talento natural, da cultura, da combinação genética, e aceitou o desafio de competir - disse Osorio.

O comandante são-paulino vem tentando implantar sua filosofia, mas está tendo resistência por conta do rodízio de atletas. Mesmo assim, Osorio acredita que a mistura de jogadores com talentos distintos cria um time forte.  

- (Pato) É um exemplo perfeito. Talento natural, velocidade, dribla bem e agora compete melhor. No Brasil, joga melhor da esquerda para o centro. Paulo Henrique (Ganso) e Alexandre (Pato) têm muita visão de jogo. Vêem o jogo diferentes de como vê Breno ou Edson Silva. Os quatro são importantes, porque o time também tem que ter trabalhadores como Edson (Silva), Breno, Rafael (Tolói), Luiz Eduardo. Se tivermos uma mistura de jogadores com talento de trabalhar e jogadores com outros talentos, unidos, aí teremos um time forte - afirmou.

Além de Pato, Ganso também foi pauta da entrevista. Osorio enalteceu a atuação do camisa 10 na partida com o Figueirense, mas disse ter problema quando um atleta caminha em campo e não ajuda à equipe.

- Se vocês analisam o futebol contemporâneo, não digo moderno, pois o que é moderno hoje não é daqui a dois anos, vemos que o Manchester United de Alex Fergusson não tinha camisa 10. Eram Roy Keane e Paul Scholes, dois volantes de ida e volta, com muito esforço físico e técnica e gols. Você analisa o Chelsea. O jogador que tem a 10 é Eden Hazard, que é um driblador, um Neymar com outro número. Eu creio que Paulo Henrique (Ganso) pode jogar com a 10, com a 9, 9+1.... se ele puder correr e cobrir a distância que cobriu contra o Figueirense, à noite, sob o frio, não tenho problema. Mas tenho problema quando o jogador veste a 10 e caminha, não compete, não ajuda - afirmou, completando que valoriza o talento aliado ao trabalho.

- Valorizo o talento, mas também acho que aqui talento é mal interpretado. Perguntava aos meus atletas antes do jogo contra o Figueirense. Todos falavam que talento era passar a bola bem, bater bem, cabecear bem. É verdade, mas creio que acordar cedo, trabalhar, melhorar também é um talento, porque nem todo mundo faz - concluiu.

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