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Mudança do calendário brasileiro é evolução óbvia

Camisas Flu (Foto: Reprodução/Twitter)
imagem cameraCamisas Flu (Foto: Reprodução/Twitter)
Dia 28/10/2015
05:15

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A criação de um novo modelo de calendário para o futebol brasileiro, com sua adequação ao europeu, seria uma das mudanças mais benéficas para os clubes nacionais. O LANCENET! mostrou durante a semana que o formato atual é considerado como ultrapassado e impede que os clubes brasileiros sejam inseridos na globalização do futebol.

E MAIS: Calendário brasileiro é criticado até na Europa

Os efeitos colaterais desta não adequação vão desde a impossibilidade dos clubes brasileiros de disputarem excursões e amistosos internacionais, como fazem as equipes europeias em suas pré-temporadas, até o desmanche de elencos com o Campeonato Brasileiro em curso pelo fato da janela de transferência na Europa estar localizada justamente no momento em que a principal competição do país chega a sua metade.

Neste domingo, editores do LANCE! opinaram sobre a questão, e mostram como a mudança poderia beneficiar nossos clubes.

Rodrigo Cerqueira - Editor de Futebol Internacional

Calendário é como evolução dos carros

Discutir o calendário do futebol brasileiro hoje em dia é como comparar um carro da década de 70/80 com os atuais, que já saem de fábrica com direção hidráulica, ar-condicionado, airbag, motor flex e outras características. O modelo antigo terá sempre aquele ar saudoso, lembrança dos velhos tempos quando o mundo era diferente. Afinal, quem não gostaria de ter na garagem, para um passatempo, aquele carro do papai, modelo da época...?

Agora, para as necessidades dos dias atuais, uma atmosfera cada vez mais quente, que exige cada vez mais conforto para quem está em um automóvel, qual seria sua escolha? Acredito que pelo modelo moderno, que vai te poupar tempo e dar mais conforto para o estresse diário.

Com isso, quando a Seleção desfalca os times em períodos de data Fifa é o mesmo que você ter um carro de luxo, completo, mas que durante uma semana não poderá usar o ar-condicionado, por mais calor que faça pelas ruas.

Perder jogadores durante o Campeonato Brasileiro – porque temos calendário diferente das principais ligas do mundo, apesar de hoje em dia o futebol ter virado um negócio profissional, que envolve bilhões de euros – seria comparável a você comprar uma SUV top de linha, mas durante o ano se vê obrigado a vender e volta a andar num carro popular já bem rodado.

Não participar de torneios de pré-temporada, mesmo que esses coloquem sua marca exposta ao mundo, e encha seus cofres com os sonhados dólares e euros, seria o mesmo que você ter uma Ferrari, mas sem poder colocá-la nas ruas, pois as mesmas não foram preparadas para esse tipo de carro.

Se calendário brasileiro não acompanhar o ritmo da indústria de automóveis, vamos continuar  "andando" em cima de carroças.

Carlos Alberto Vieira - Editor do Lance!

Marín, vamos dar as mãos ao mundo!

Na Era Ricardo Teixeira era difícil imaginar o Brasil se ajustando ao calendário mundial. Mas a CBF mudou de comando e a esperança voltou.

Agora, o presidente Marin joga um balde de água fria e diz que não há como o Brasil  se adequar, usando argumentos de que é o mundo que deve se adequar ao Brasil e que o nosso calendário atende às expectativas.  O curioso é que os clubes querem a mudança (o L! mostrou as opiniões na edição de sexta-feira). Bem que estes clubes podiam se coçar e fazer a coisa rolar, né?

E não há nenhum motivo razoável para o Brasil não ajustar o calendário. Ganham todos. Os clubes brazucas não terão seus times pulverizados com algumas poucas rodadas do Brasileiro, o calendário dará brechas para excursões no exterior e países emergentes da Ásia para os nossos clubes de ponta. E tantos e tantos outros bons argumentos. Se o presidente Marin  pedir um estudo detalhado de como seria o Brasil antenado com o calendário mundial, ele mudaria de opinião.  

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