De motoboy a atleta: a história de Marco Aurélio Lima Borges

Em um dia após cumprir sua jornada de trabalho, o até então motoboy Marco Aurélio Lima Borges seguia de moto rumo a casa de sua namorada, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Naquele momento acontece um fato que iria mudar a vida do jovem de apenas 20 anos.

Um caminhão atinge Marco Aurélio. Como sequela do acidente, ele precisa amputar a perna direita. Muitos poderiam se desanimar, mas isso só mostrou uma nova vida para o rapaz.

Marcão, amputou a perna aos 20 anos, após acidente com caminhão (Foto: Everton Amaro/Fiesp)

Em 2005, Marco Aurélio conheceu o atletismo paralímpico (termo do qual não gosta de ser intitulado) por acaso, quando foi convidado a compôr uma equipe que faria provas de lançamento de disco e arremesso de peso. O resultado foi o melhor possível, mesmo sem grandes pretensões.

- Na minha primeira participação por brincadeira, fui vice-campeão brasileiro, e seis meses depois era recordista sul-americano. Já se foram 11 anos dedicados as provas de lançamento e arremesso - revelou o atleta do Sesi, que entrou para o clube paulista em 2010, em um projeto voltado a sua modalidade.

Com duas participações em Paralimpíadas, ficando em 9° lugar em Pequim, em 2008, e em 6°, na edição de 2012, em Londres, Marcão vem se preparando para chegar a terceira participação de sua carreira, no Rio. Antes disso, o atleta terá o Para-Pan, e o Mundial, que em sua opinião, servirá como termômetro para avaliar seu desempenho em 2016.

- Acredito que uma Olimpíada no seu país é o sonho de qualquer atleta. Vou estar na minha melhor fase física e psicológica. É muito difícil, mas posso conquistar uma medalha. Acredito que nesta experiência já poderei colher frutos este ano, mas acredito que minha melhor fase virá em 2016 - finalizou o atleta do arremesso de peso e lançamento de disco, que está realizando seu treinamento na Universidade de Leipzig, na Alemanha, com Lothar Tischendor, treinador da ex-atleta campeã olímpica em Seul, Martina Hellmann.