‘Més’ que um título! Decisão contra o Brasil vale muito para a Espanha
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Não é só um jogo. Não é só uma final. Não é só um título. É a Copa das Confederações. É o Maracanã. É o Brasil. É a chance de fazer história. É tudo isso e muito mais para a Espanha.
Os jogadores da Roja não vieram ao Brasil por obrigação. Na mala, trouxeram a vontade pela conquista inédita. A Copa das Confederações é o troféu que falta na galeria da atual geração, campeã mundial em 2010 e bi da Eurocopa (2008 e 2012). Não à toa essa é a questão mais ressaltada pela imprensa espanhola e a população local desde o início do torneio.
Aliás, a mobilização tem sido grande por lá. A semifinal contra a Itália foi o momento de maior audiência televisiva no ano, com mais de 13 milhões de pessoas assistindo à disputa por pênaltis. Porém, é pouco provável que haja uma invasão das ruas como após o título na África do Sul, já que um final feliz seria somente no meio da madrugada: São cinco horas de diferença no fuso horário, a transmissão por lá só começa à meia-noite, e segunda-feira é dia de trabalho.
Conquistar a Copa das Confederações significaria também a entrada no salão das maiores seleções de todos os tempos e a coroação de uma filosofia hegemônica no futebol durante os últimos anos, baseada nos princípios do Barcelona, da valorização da posse de bola.
Que adversário melhor, então, na final de hoje que a Seleção Brasileira, a mais vitoriosa da história? Um oponente que a atual Espanha ainda não enfrentou. E justamente no Maracanã, maior palco do futebol. O sonho virou realidade. Mas ainda falta vencer o confronto.
– Será um jogo muito importante. Todo mundo que está aqui na Copa das Confederações sai ganhando, porque será uma final entre Brasil e Espanha. Uma partida emocionante, com grandes jogadores, no Maracanã, com muita torcida – disse o goleiro Casillas, capitão da Roja em todas as conquistas dos últimos anos e maior símbolo desta geração.
Nas arquibancadas do Camp Nou está escrito que o Barcelona é "més" (mais, em catalão) que um clube. No caso da Espanha, a final da Copa das Confederações, contra a Seleção Brasileira, no Maracanã, diante dos olhos do mundo inteiro, significa muito "més" que um título.
Reunião e superação para estar na decisão
Os bastidores da preparação espanhola para a Copa das Confederações mostram a relevância deste momento para a seleção. Antes da convocação final para a competição, o técnico Vicente del Bosque conversou com as principais lideranças do grupo, para ter uma noção da vontade deles.
Por conta da idade avançada, Xavi foi um deles. O meia fez questão de disputar a Copa das Confederações. Ganhar o único título que falta, com a chance de vencer do Brasil na final, era o grande sonho. Ele e Busquets se dedicaram além do normal nos últimos meses para se recuperarem das lesões. O mesmo não aconteceu com Xabi Alonso, cortado devido a uma pubalgia.
Em todas as entrevistas, os espanhóis eram bombardeados sobre um possível confronto com o Brasil. Nunca fugiram do tema. Só diziam que precisavam chegar na final para realizar o sonho.
Com a palavra
Sergi Solé - Repórter do Mundo Deportivo (ESP)
"Se a Espanha ganhar do Brasil, no Maracanã, com toda essa atmosfera, seria uma forma de coroar tudo dos últimos anos e de se confirmar como a melhor equipe do mundo. Não é que essa seleção espanhola necessite isso, pois já conquistou muito, mas seria a confirmação de um ciclo, uma hegemonia no futebol mundial. Um passo a mais para ser reconhecida como lenda".
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