Marco Aurélio sobre Juvenal Juvêncio: ‘É centralizador’

O médico e vereador pela capital paulista Marco Aurélio Cunha não faz mais parte da diretoria de futebol do São Paulo. Nesta quinta-feira, mais uma vez, disse que não vê com bons olhos a notícia de que o presidente Juvenal Juvêncio será candidato à reeleição.

- Não sei se ele vai se reeleger ou ser candidado. As tendências dizem que ele teria o direto a fazer um novo mandato. Não gosto disso. Já disse a Juvenal que seria de bom tom sair. Nos daria o presente da sua gestão. Foi o único que juntou títulos (três Brasileiros, Libertadores e Mundial) com evolução patrimonial, crescimento de torcedores, o CT de Cotia, que falta só na prática ter os grande jogadores, mas ele conseguiu tudo. Quando consegue, é melhor continuar trabalhando pelo clube, mas deixar que novas ideias fluam - disse.

- Mas ele tem todo o direito, desde que seja legal, a fazer aquilo que planeja. Não gosto de sua candidatura por ele mesmo. Entendo que o clube precise muito dele, mas que, para ele, a pressão por novos resultados será enorme - completou.

Fora da diretoria de futebol por se julgar sem espaço nas decisões, Cunha admitiu que Juvenal é, sim, um presidente centralizador. E que, no futuro, se ocupar o cargo, terá a mesma postura.

- Claro que é (centralizador). No futebol é necessário, mas não pode ser surdo. Se discutir treinador em três pessoas, você terá três nomes. É difícil dividir certos poderes. Eu serei também (centralizador) se for presidente, mas estarei com os meus ouvidos abertos e com a sensibilidade pública permeável. A percepção dos torcedores é fundamental. Jamais serei guiado por eles, mas tenho de ter a sensibilidade, perceber o que ele sente. É (centralizador), mas não pode ser surdo - finalizou.