LNET! lista os cinco erros cruciais para o rebaixamento do Palmeiras

Raiva, tristeza, frustação, desespero. Ao mesmo tempo que não faltam palavras para definir o sentimento do palmeirense neste fim de semana, fica difícil explicar o turbilhão de sentimentos com o segundo rebaixamento em dez anos do clube do Palestra Itália. Ainda mais com o vexame acontecendo apenas quatro meses depois da conquista invicta da Copa do Brasil. Por isso, o LANCENET! enumera abaixo cinco pontos que foram preponderantes para o Verdão amargar o caminho da Série B. Confira.

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Mais do que um turno inteiro de derrotas

O Palmeiras nunca perdeu tanto no Brasileiro por pontos corridos. O empate com o Flamengo, que sacramentou o vexame, foi o décimo na competição. Além de um turno inteiro de insucessos, com 20 derrotas. Em 2006, ano em que lutou e conseguiu escapar do rebaixamento, a equipe foi superada 18 vezes pelos adversários. Nesta edição, o relaxamento pós-conquista da Copa do Brasil e a incapacidade de reverter desvantagens no placar contribuíram para o recorde negativo.

Inúmeras Lesões

Foi raro o momento em que o departamento médico alviverde esteve vazio. A começar por Wesley, contratação mais cara do clube no ano (R$ 14,4 milhões), que se lesionou ainda no Paulistão, voltou no sacrifício na reta final do Brasileiro, e está novamente entregue aos cuidados dos médicos. Outras baixas sentidas foram Valdivia, que, entre diversas contusões, só voltará a atuar em 2013 em decorrência de uma lesão no joelho direito, e Marcos Assunção, cujo joelho direito o fez atuar na base da superação, além de deixá-lo de fora em algumas oportunidades. Sem contar as lesões de Artur, Henrique, Thiago Heleno, Maikon Leite, Correa, Patrick Viera...

Contratações equivocadas

Mazinho, Daniel Carvalho, Leandro, Correa, Betinho...pergunte a qualquer palmeirense o que ele acha desses jogadores e se prepare para uma resposta atravessada. Apenas o último deles, herói na Copa do Brasil, tem um lastro por ter marcado o gol da glória no Couto Pereira. Mesmo assim, recebe duras críticas por suas limitações técnicas.

O brilho de Mazinho durou pouco - apenas durante a Copa da do Brasil. Daniel Carvalho ficou pouco tempo em forma e a sua condição física ruim o impediu de ocupar o espaço deixado por Valdivia, que terminará o ano no departamento médico. A diretoria apelou para Leandro, que estava há mais de um ano parado, e apostou em Correa, com limitações físicas após deixar a Ucrânia, ainda em maio. Resumo: as peças de reposição de pouca qualidade não conseguiram ocupar as vagas provocadas pelas inúmeras lesões ao longo da temporada.

Sem vitórias em clássicos

Foram 15 pontos disputados contra os principais rivais e apenas um conquistado - empate com o São Paulo em 1 a 1 em Barueri. Fora esse mísero pontinho, o Verdão amargou duas derrotas para o Corinthians no Pacaembu, sendo uma delas com seu time titular diante dos reservas do Parque São Jorge, viu Neymar decidir a favor do Santos no estádio municipal, e levou um baile de 3 a 0 para o São Paulo no Morumbi. Na última rodada, novo confronto com o Peixe. Agora não adianta mais.

Foco demais nos supostos erros de arbitragem

Mesmo que com razão em alguns momentos, o Palmeiras se descabelou demais ao reclamar da arbitragem. Dirigentes exageraram na frequência das reclamações e deixaram de cobrar foco da equipe, que ficou deslumbrada depois da Copa do Brasil. Até mesmo o capitão Marcos Assunção assumiu publicamente que os jogadores fizeram muita festa e se esqueceram de que tinham de se recuperar no Campeonato Brasileiro. Se o empenho dentro de campo fosse o mesmo que tiveram para chiar da arbitragem...