Jean Coral, ex-Criciúma e Botafogo, luta para voltar aos gramados

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Jean Carlos Alves Coral, conhecido apenas como Jean Coral, natural de Içara, no interior de Santa Catarina, foi uma das grandes promessas do futebol do Criciúma dos últimos tempos. Revelado em 2007, o atacante despontou com a camisa tricolor ao marcar 15 gols em 30 jogos. Disputou um Campeonato Catarinense, uma Copa do Brasil e uma Série B do Brasileirão
O atleta teve passagens por Botafogo, Figueirense, Ceará, Juventude e Vitória de Guimarães, de Portugal. No entanto, atualmente, está há mais de um ano sem atuar como profissional e, aos 24 anos, é sócio-proprietário de uma empresa de máquinas para construção civil, na pequena cidade de Morro Grande.
Sem jogar desde o dia 3 de abril de 2011, o atleta falou ao LANCENET! sobre sua nova vida e revelou que ainda quer voltar ao futebol.
Confira a íntegra da entrevista de Jean Coral para o LANCENET!:
LANCENET!: Jean, você não entra em campo desde o dia 3 de abril de 2011. Está com saudade de jogar futebol?
Jean Coral: Estou com muita saudade. É o que eu gosto de fazer, o que eu escolhi para minha vida. Estou com bastante saudade. Espero voltar logo.
LNET!: Você lembra o que sentiu em sua estreia como profissional pelo Criciúma?
JC: Me lembro como se fosse hoje. Arrepiou do pé à cabeça, o estádio estava com bastante gente. O Criciúma vinha de várias derrotas, de uma situação difícil. E eu, guri de 19 anos, no meio daquela fogueira. Mas a oportunidade tu não escolhe, bate na tua porta e eu estava pronto. Foi contra o Brasiliense, ganhamos de 2 a 1 e eu fiz um gol.
LNET!: Na época você foi dado como promessa do Criciúma pela mídia local. Isso atrapalhou, subiu a cabeça?
JC: Isso não atrapalhou, só me ajudou. Porque no primeiro ano de profissional, já ser a revelação do campeonato, ser considerado a revelação do Criciúma, é muito gratificante. Então acredito que isso só me ajudou, não atrapalhou em nada não.
LNET!: Você fez apenas oito jogos no Botafogo e um gol em Portugal. Por que no Fogão você não repetiu o bom desempenho do Criciúma?
JC: O Botafogo estava em uma situação que precisava de um jogador que resolvesse logo o problema deles. Como eu já vinha sem confiança do Vitória de Guimarães eu achei que, chegando ali, iria ser um trabalho a longo prazo, mas não foi bem assim. O que aconteceu foi que eles depositara que queriam um resultado a curto prazo e eu não obtive isso. Isso me prejudicou muito.
LNET!: O que aconteceu para sua carreira ter caído?
JC: Fora do campo nada me atrapalho. Não sei o que aconteceu que eu não consegui, nesses outros clubes que eu passei (Botafogo, Figueirense e Ceará), demonstrar o que joguei em Criciúma. Foram vários motivos, não só por minha culpa, mas também por alguns empresários que acabei trabalhando, técnicos, dirigentes e clubes por onde passei.
LNET!: O que você faz hoje? Como é seu dia a dia?
JC: O trabalho que faço hoje é uma empresa. Sou sócio-proprietário junto com meu pai. Aqui, pela empresa é uma coisa que estou gostando a casa dia que passa, pois é algo diferente e novo para mim. Estava acostumado a somente me preocupar em jogar futebol, deixando as outras partes voltadas para que meu pai cuidasse. Hoje é diferente. Entrei nesse meio, estou aprendendo a cuidar de uma empresa. O meu trabalho aqui dentro é voltado para algumas compras, administração, cobranças, entre outras coisas.
LNET!: Você pode revelar se há uma diferença de salário de quando jogava futebol?
JC: A diferença é que hoje estou ganhando um pouco mais e ainda sobra tempo para aproveitar o que ganho.
LNET!: E como é sua rotina? De onde tira tempo para treinar futebol?
JC: Acordo às 7h, saio para o trabalho, que fica em uma cidade vizinha. Dá uns 15 quilômetros de casa. Volto ao meio-dia para almoçar. Ainda passo em bancos e cuido da parte administrativa de lá. Só chego em casa às 19h. Depois disso tudo, vou para a academia e disputo jogos entre amigos e alguns outros exercícios.
LNET!: Você teve propostas de outros clubes nesse tempo parado?
JC: Ter, eu tive, mas nada que eu achasse que fosse para mim no momento. Estou tentando aguardar mais um pouco. Espero que isso se resolva logo, consiga me encaixar em algum clube e possa voltar a brilhar novamente.
LNET!: De onde você tira motivação para achar que vai conseguir repetir o bom futebol que ajudou o Criciúma em 2007?
JC: O que eu vivi no passado eu não desaprendi nada daquilo. Minha tendência é crescer, amadurecer. Da onde eu tiro forças? É da minha família, meu pai, minha mães, meu irmão, minha esposa, sempre do meu lado, depositando confiança e toda tranquilidade em mim.
LNET!: O Criciúma já te procurou para voltar? Se procurar, você aceita retornar?
JC: Ainda não procurou. Minha maior vontade hoje de jogar futebol é jogar no Criciúma, é voltar ali no Criciúma. Então, se eles pensassem em me sondar, me procurar, eu aceitaria de olhos fechados, sem pensar em salário, sem pensar em dinheiro, sem pensar em nada.
Criciúma não tem interesse em contar com o jogador
Procurada pelo LANCENET! a diretoria de futebol do Criciúma afirmou que, no momento, não há interesse de contar com o retorno de Jean Coral ao clube.
Sobre a possibilidade de um cargo administrativo no Tigre, nem clube, nem atleta demonstraram interesse.
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