Hugo Pessanha sobe de peso para evitar de lesões e, finalmente, obter vaga olímpica no judô
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Aos 27 anos, um recomeço. No início de seu sétimo ano na Seleção Brasileira de judô, Hugo Pessanha resolveu mudar de ares. Cansado das lesões e de olho em finalmente conquistar uma vaga olímpica, o judoca subiu de categoria e tenta agora se firmar entre os meio-pesados (até 100kg). E o Grand Prix de Miami (EUA), neste sábado e domingo, está entre os primeiros desafio dele.
Competindo internacionalmente desde o início de 2006 entre os médios (até 90kg), o lutador teve sua primeira experiência no novo peso em junho do ano passado, durante o Grand Slam do Rio de Janeiro, logo após perder a vaga olímpica para Tiago Camilo. A estreia foi boa e ele garantiu a prata. Mas uma lesão voltou a atrapalhar o atleta – teve de operar o ligamento cruzado anterior do joelho direito pela segunda vez.
– Fiquei oito meses sem competir. Então, ainda tenho muito o que aprender e me readaptar. Fiz uma competição só nesse ano que foi o Troféu Brasil, em maio. Fiquei em segundo, perdi para o Luciano Corrêa. Estou me sentindo bem no nível do Brasil. Mas no nível internacional, tem outros judocas brasileiros que ainda estão acima. Ainda preciso de trabalhar um pouco para chegar no nível deles e para pensar em Olimpíada – afirmou o judoca ao LANCE!Net.
Pessanha não esconde a obsessão por disputar os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. O fato de ter ficado fora das duas últimas edições chateou muito o atleta, principalmente no último ciclo quando vivia boa fase.
Para garantir a vaga entre os brasileiros, os principais adversários são Renan Nunes e Luciano Corrêa.
Ainda em adaptação na nova categoria e na fase final de recuperação, Pessanha sabe que vai precisar de paciência nesse reinício. Mas nada que atrapalhe sua motivação.
– O projeto nesse ano é me adaptar e voltar após esse pós-operatório. Estou sem pressa. A partir do ano que vem já começo a ver outras metas. Espero no final de 2015 estar com a vaga na Olimpíada garantida. Tudo para ter um período bom para me preparar – avaliou o judoca.
Mais pesado e motivado, Pessanha tem chances de realizar o sonho. É só as lesões não atrapalharem.
Seleção sem força máxima
A Seleção Brasileira de judô vai disputar o Grand Prix de Miami, neste sábado e domingo, com 19 lutadores. Além de Hugo Pessanha, Walter Santos e Daniel Hernandes (ambos na categoria pesado) são os outros destaques no torneio. Neste sábado, serão disputadas as lutas das categorias mais leves feminina e masculina.
VIDA NOVA:
Torneios
Hugo Pessanha disputou duas competições na categoria meio-pesado. Ano passado, antes de operar o joelho direito, ficou em segundo no Grand Slam do Rio. Em maio deste ano, foi prata no Troféu Brasil.
Rivais no Brasil
Pessanha está na 48º colocação no ranking mundial. Renan Nunes é o sétimo. Já Luciano Corrêa é o 18º.
CONFIRA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM HUGO PESSANHA:
LANCE!Net: Qual o motivo de ter mudado de categoria? Como está a adaptação?
Hugo Pessanha: Estou desde 2006 na Seleção e já passei por muita coisa. Tive três lesões graves nesse período. Conforme o ritmo de competição aumentava, não conseguia me manter firme no ciclo olímpico inteiro. Meu corpo queria crescer e eu não estava deixando. Então, decidi subir de peso para me preservar. Vai ser meu penúltimo ciclo em alto nível e quero terminar ele inteiro, o que não aconteceu no último e em 2008.
L!Net: O quanto a não classificação para a última Olimpíada influenciou nessa decisão? E voltaria ao peso médio?
HP: Não voltaria. Subir de peso é uma decisão tomada, não volto atrás. Já venho trabalhando essa possibilidade faz tempo. A Olimpíada não foi determinante. Mas fiquei muito frustrado, foram quatro anos na expectativa. E operei o joelho no meio do ciclo. O que mais me frustrou foi ver a chance de classificação escapar por conta de uma lesão inesperada na minha melhor fase. Se houve algo quem me estimulou foi tentar seguir o ciclo inteiro sem lesão.
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