Governo vai analisar contrato entre Galo e BWA

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A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) informou, em nota oficial, que o Governo de Minas vai estudar o contrato fechado entre o Atlético Mineiro e a empresa BWA, responsável pelo gerenciamento do novo estádio Independência. A rádio Itatiaia divulgou ontem que as duas partes tinham firmado um acordo que daria direito a 45% do faturamento do novo Independência ao Galo e os outros 45% ao consórcio "Arena Independência", formado pelas empresas Ingresso Fácil e BWA. Os 10% restantes seriam divididos entre o América e o Estado, cada um com 5% da renda gerada com o estádio
Alguns itens do contrato geraram polêmica entre os clubes da capital. Segundo o texto, os clássicos entre a Raposa e o Galo não poderiam ser realizados no local caso o Cruzeiro fosse o mandante, pois o Atlético teria preferência como mandante no estádio e seria o responsável por autorizar jogos de outras equipes na arena. Além disso, o rival deveria pagar um valor ainda não definido ao clube alvinegro para atuar no Independência.
Outra parte interessada no caso é o Coelho. De acordo com o texto, a identidade visual do estádio, em verde e branco, não poderia ser afetada. O presidente do clube, Marcos Salum, declarou ontem que ainda não conhece o contrato e não vai dar qualquer explicação enquanto não tomar conhecimento acerca de seu conteúdo.
Já o presidente atleticano Alexandre Kalil apenas disse que o Atlético não trabalha com irregularidades e acha que o momento para dar esclarecimentos sobre o assunto ainda não é o ideal.
Confira a nota da Secopa na íntegra:
A Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo informa que ao promover a concessão do estádio Raimundo Sampaio, o Independência, o compromisso do Governo de Minas Gerais é prioritariamente beneficiar o torcedor mineiro com a profissionalização do futebol.
Em 5 de dezembro de 2011, o Consórcio ‘Arena Independência’, formado pelas empresas Ingresso Fácil e BWA Administração de Arenas, foi o vencedor da licitação de concessão de uso do Independência. O Consórcio terá direito a explorar o estádio por dez anos.
O edital é claro ao dizer o seguinte: “Não poderá participar da licitação, isoladamente ou em consórcio, a pessoa jurídica ou o fundo: que tenha como administrador ou integrante do seu quadro societário pessoas que ocupem ou tenham ocupado cargos de dirigentes ou de membros do conselho deliberativo de entidades desportivas de futebol”. Caso esta cláusula não seja cumprida, a licitação poderá ser revogada.
Além disso, a empresa Arena Independência tem o compromisso de enviar ao Governo todos os contratos firmados por ela. O Governo de Minas já solicitou formalmente uma cópia do contrato entre Arena Independência e o Clube Atlético Mineiro para a devida análise e posicionamento.
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