Fred e Ronaldinho são os candidatos a rei do Rio


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Qual carioca não lembra, comum doce sabor nostálgico, dos duelos irreverentes, em 1995, do trio Romário, Renato Gaúcho e Túlio Maravilha? Dezesseis anos depois, Fred, pelo Fluminense, e Ronaldinho Gaúcho, pelo Flamengo, apresentam fortes características para reeditar, numa versão mais moderna, o simbólico, porém não menos importante, título de rei do Rio.

Se não são tão falastrões quanto os ídolos da década de 90, trazem com eles algumas semelhanças. Além do talento inegável, ambos gostam e sabem aproveitar bem os prazeres da Cidade Maravilhosa. Também fãs de praia, da noite e do estilo de vida que a cidade oferece, eles precisam agora provar em campo que a coroa pode mudar de dono (VEJA OS PERFIS DOS CRAQUES DE FLUMINENSE E FLAMENGO).

Túlio tentou se intitular rei do Rio, mas com o gol de barriga que deu o Estadual de 95 ao Tricolor, Renato Gaúcho tomou o título para si. Romário rebateu e disse: “Reis há muitos, mas Deus só eu.”

No duelo dos tempos modernos, em que o discurso politicamente correto impera fora de campo, Ronaldinho saiu na frente. Com o título da Taça GB, está mais próximo de ficar com a coroa do Rio. Porém, Fred vem embalado depois da heroica classificação na Libertadores e, correndo por fora, tenta levar a melhor no seu estilo mineirinho.

Vanderlei Luxemburgo, atual técnico do Flamengo e comandante no vice-campeonato do Rubro-Negro justamente em 1995, acredita que agora a disputa de rei do Rio tem um outro perfil.

– O futebol mudou muito, meu camarada. A relação está muito complexa. Antigamente você estava num jogo desse aí era o Romário, o Túlio Maravilha... Falava-se muito. Lá atrás, era o Ademir Vicente com o Zico. Agora é tudo um pouco mais distante. Mudou muito – analisa o treinador, com seu jeito de falar tipicamente carioca.

ROMÁRIO TEM SEU FAVORITO

Romário, oficialmente, não chegou a levar a coroa de rei do Rio, mas, por toda a identificação pela cidade e, por ser o único carioca de fato, diz aos quatro ventos que o título é dele e sem contestações.

Aposentado hoje em dia, o agora deputado federal, em fevereiro deste ano, deixou bem claro quem é seu favorito para levar a conquista tão importante no folclore do futebol da Cidade Maravilhosa: – Quem sabe agora não é a vezdo Ronaldo (Gaúcho)? Mas tem de ganhar (o título) para ser. Esse negócio de rei tem para todo mundo. O Rio de Janeiro é grande – disse, sem vaidade e com a eterna irreverência, à TV Globo.

Anos depois, Romário acabou se envolvendo em nova polêmica de tons “monárquicos”, desta vez no Vasco, quando foi chamado ironicamente de rei por Edmundo, e respondeu dizendo que o Animal era o bobo da corte.

A HISTÓRIA DO REI DO RIO

Renato Gaúcho foi o coroado em 1995 (Foto: Marcelo Theobald)


Início: O título simbólico foi criado no Carioca de 1995, quando Túlio, no início da competição, disse que era o rei do Rio.

Polêmica: Romário, que não deixa barato, esperou a hora certa. Na final da Taça Guanabara, fez três gols sobre o Botafogo, foi campeão, e disse: "Rei tem muitos, mas eu sou Deus".

A coroação: Mas quem riu por último foi Renato Gaúcho, já que que o Flu, com seu gol de barriga, ficou com o Carioca. Chegou até a se vestir de rei.

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