Fluminense e seu dilema para hoje: jogar feio ou bonito?

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Além da pressão de parte da torcida, que já começa a questionar seu trabalho, o técnico do Fluminense, Abel Braga, terá de decidir de uma vez por todas, no jogo desta quarta-feira contra o Figueirense, qual será a proposta do time para voltar a vencer no Brasileirão: jogar feio ou jogar bonito?
- A gente realmente não está tendo uma boa sequência e não estamos conseguindo os resultados. Acho que é hora da gente jogar mais feio para buscarmos as vitórias - opinou Fred (poupado), após a derrota para o Grêmio.
A afirmação do capitão tricolor faz sentido. Os números do Flu em quesitos que são avaliados na hora de dizer se um time joga bonito ou não (passes certos, finalizações e dribles) são bons, acima ou próximos da média do campeonato. Mas os resultados obtidos até agora - sete vitórias e oito derrotas - não agradam.
O Fluminense é o quarto time que mais finaliza corretamente, com 93 chutes no total. A média na estatística por jogo (6,2) é maior do que a geral do Brasileirão (5,2). A situação também é boa no quesito dribles, no qual é o sexto melhor, com um total de 202 e média de 13,47 por jogo, superando os 11,2 da média dos 20 clubes.
- Normalmente, quando o time joga feio não ganha. Temos que usar o que os jogadores têm de bom. Sempre acho que o Fluminense pode jogar mais. Mas não sei como fazer a equipe jogar feio. Quero resultado. Se for jogando feio, vou ficar feliz. Mas prefiro meu time bem e vencendo - afirmou Abel Braga.
Bonito de um lado, feio do outro
Se o Fluminense, pelo menos nos números, joga bem, porque perde tanto? A explicação pode estar do outro lado da moeda. O Tricolor é o sétimo que menos acerta passes, com média de 281,3 por partida. Um pouco abaixo dos 289,7 da média geral. Com mais passes errados, o Fluminense joga feio e entrega a bola para o adversário. Maior a chance de sofrer gols.
Além disso, desde que Abel Braga assumiu o time, a média de desarmes tem despencado a cada rodada. Contra o América-MG, atingiu a marca de apenas 15 no jogo todo. O máximo que obteve foi 48, contra o Avaí.
Consequências dessa queda: se rouba menos a bola do adversário, o Flu é mais pressionado e tem menor domínio. Mesmo assim, continua um pouco acima da média do campeonato, com 23,3, em comparação com os 21,1 gerais.
Jogando feio ou bonito, o Fluminense precisa corrigir suas maiores deficiências e vencer o Figueirense nesta quarta-feira se ainda sonha batalhar pelas primeiras posições do Brasileirão.
* Fonte das estatísticas: LANCE!FOOTSTATS
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