Com dicas de Beckham, Juninho ‘pode ser’ o volante titular de Leão
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Além dos cinco reforços que contratou, o São Paulo conta com Juninho como novidade para temporada. Revelado pela base, mas nos dois últimos anos no Los Angeles Galaxy (EUA), é a “contratação” do Tricolor que vem do exterior. Dessa vez, retorna para mostrar que pode ser titular de Leão.
Com inglês e espanhol fluentes, experiência internacional e campeão em 2011, o volante pinta com status de quem teve seu futebol aprimorado por lições de David Beckham. O astro inglês, que passou pelo Galaxy em 2007 e voltou em 2010, já com o são-paulino no elenco, foi (e ainda é) um dos bons amigos que Juninho fez. Dentro das quatro linhas, parceria no meio de campo. Fora, dicas até sobre moda.
– Aprendi com o Beckham, que pensa rápido. É preciso que você entenda ele, e não ele entenda você. Sempre estava ali vendo e aprendi um pouco a bater na bola. Quando ele não batia, eu era quem tinha a prioridade – contou Juninho, na terça-feira, em entrevista ao LANCENET!.
– Deu para pegar um pouco, aprendi como pessoa também, vendo sua exemplar conduta profissional e foi muito bom. Ele é muito vaidoso, sempre na moda e tem seu estilo, que muitos seguem. É um cara que cuida do corpo, segue um estilo por morar lá, então deu para aprender algumas coisas – completou.
Juninho já conhecia Cotia, onde se formou nas categorias de base. Sem espaço, foi emprestado. No começo do ano passado, voltou, fez a pré-temporada, mas acabou não aproveitado por Carpegiani. Com Leão a história pode ser diferente.
Nos EUA, Juninho viveu dificuldades até se adaptar. A principal, segundo ele, foi com a língua. Após aulas três vezes por semana nos seis primeiros meses e conversas com os companheiros, pegou o jeito e deslanchou. Ano passado recebeu a companhia da esposa, depois de se casar em junho. De volta ao Brasil e com ensinamentos de Beckham, espera poder mostrar no Tricolor o que aprendeu com o meia inglês. Para poder ser o volante de Leão.
Juninho fala da vida nos EUA e da amizade com Beckam
Beckham: parceiro e exemplo
A relação entre Juninho e Beckham se estreitou com o tempo. Segundo o são-paulino, o inglês gosta de brasileiros, já que trabalhou com muitos na época em que atuou pelo Real Madrid (ESP). Desde que se conheceram, a parceria foi boa.
Além do meia, Donovan, ex-capitão e atacante que disputou as últimas três Copas pelos Estados Unidos e está no Everton (ING), era outro com quem Juninho se relacionava:
– Donovan me chamava para conversar e tinha boa amizade. Beckham dava conselhos e falava sobre a posição. Foi um grande amigo dentro e fora de campo. Também tinham latinos, que ajudaram e até aprendi o espanhol.
Juninho aproveitou e se espelhou em Beckham em relação ao profissionalismo. Para ele, o inglês era exemplo nos treinos, jogos e também fora das quatro linhas.
De tanto conviver com brasileiros, o astro passou a gostar de uma bebida típica do país. Fã do refrigerante “Guaraná Antarctica”, segundo Juninho, se deixar ele é capaz de tomar de manhã, tarde e noite. Certa vez, presentou o amigo do Brasil.
– Cheguei e tinha uma caixa fechada de Guaraná para tomar. Ele sabia onde comprar, foi lá, pegou e me deu inteira – contou o volante são-paulino.
Confira um Bate-Bola com Juninho, em entrevista ao LANCENET!
Como é poder voltar ao Brasil?
É um privilégio voltar para casa, rever familiares e ter todos por perto. Era um sonho voltar ao São Paulo e espero poder jogar. Minha família é de São José dos Campos (interior do estado), não é longe, quando dá, vou para lá. Casei-me recentemente (junho de 2011), no primeiro ano (2010) fui sozinho para os Estados Unidos, com os dois jogadores do clube (Leonardo e Cazumba). No segundo ano minha esposa foi para lá, daí foi mais fácil, tinha com quem conversar coisas particulares e uma comida brasileira.
Como foi nos Estados Unidos?
Foi legal e importante para mim. Foi onde pude mostrar meu futebol. O primeiro ano foi complicado, porque não sabia o inglês. No segundo ajudou, me comuniquei e foi bom dentro e fora de campo. Também aprendi o espanhol. Prejudicou um pouco, mas com o decorrer do tempo me adaptei e deu certo.
Ano passado fez a pré-temporada no São Paulo, mas voltou ao Galaxy. Por que agora pode ficar?
Ano passado foi rápido, mais para avaliar, mas Carpegiani não quis, então voltei para os Estados Unidos, onde fui campeão. Com Leão pediram para eu voltar e espero ficar para dar alegrias.
Ajuda ser prata da casa?
Na minha época não tinha este contato tão grande com o profissional. Muita coisa mudou e existe esta facilidade de conversar, intercâmbio. Conheço o clube, sei a filosofia, então fica mais fácil mostrar meu trabalho. Quando vier a chance, espero poder fazer bem.
Por que pode ser titular?
A conduta dentro e fora de campo pode me ajudar. A concorrência no meio é grande, então é preciso trabalhar bem. Temos de mostrar um diferencial. É preciso ter dedicação e mostrar meu futebol.
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