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Autor do hino da Champions League conta detalhes da música ao LANCE!

Dia 01/03/2016
04:22

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Juventus e Barcelona preparados para entrar no gramado do Estádio Olímpico de Berlim neste sábado. O sistema de som do grande palco e a televisão na sua casa começam a tocar o hino da Champions League, jogadores perfilados, torcedores arrepiados. A competição comemora sua edição de número 60 com uma final entre italianos e catalães, e com um símbolo conhecido no mundo todo: sua música.



O hino da Liga dos Campeões que mexe com o imaginário dos torcedores é uma adaptação feita pelo maestro britânico Tony Britten da música Zadok the Priest: trata-se de hino de coroação britânico.

A Uefa encomendou em 1992 a Britten uma canção para um novo formato de competição, que queria afastar histórias de violência e falta de infraestrutura para ser a melhor competição de futebol do mundo. Britten, graduado no Royal College of Music britânico, fez a música e confessa que jamais esperava que um dia ela se tornaria um ícone de uma competição tão importante.

- Não, eu não esperava. Naquele tempo foi um bom trabalho. Mas seu eu te falar que esperava tanto sucesso... Não, para mim foi uma grande surpresa. Com honestidade, foi apenas mais um trabalho para mim naquela época. Não esperava essa repercussão - disse ao LANCE!.

Base de uma reformulação histórica de uma competição muito importante, o hino da Champions League carregou para o mundo a mensagem de "campeões" que a Uefa queria passar aos torcedores. Foi gravado em três idiomas, francês, inglês e alemão, que são os idiomas oficiais da entidade.

Eduardo Lages, que há 37 anos é responsável por fazer os arranjos dos shows do Rei Roberto Carlos, contou ao LANCE! que o sucesso da competição ajuda muito na história da música:

- Qualquer música fica impactante quando uma competição é bem-sucedida. Um dos casos emblemáticos aqui no Brasil foi o "Tema da Vitória", de Eduardo Souto Neto, que ganhou uma dimensão maior quando Senna passou a ganhar corridas de Fórmula 1.

Compositor britânico graduado na  Royal College of Music, Tony Britten tem alguns trabalhos famosos na sua carreira. Trabalhou na produção musical do filme Robocop, e foi diretor teatral com  Cameron Mackintosh - um famoso produtor de teatro britânico que também é compositor de diversas músicas.

Mas o grande trabalho de Britten foi mesmo o hino da Champions League e toda sua projeção. Porém, a relação do compositor com o futebol não é tão íntima. Torcedor no recém-promovido à Premier League Norwich City, ele demonstra felicidade com a boa fase do clube, mas revela ser fã de outro tradicional esporte em seu país.

- Eu gosto de futebol, mas para ser honesto eu prefiro o rugby. Eu torço para um time pequeno do futebol inglês, mas que me deixou muito feliz. O Norwich City, que voltará para Premier League na próxima temporada. Todos aqui ficaram muito felizes com o acesso - afirmou.

BATE-BOLA:

LANCE!: Na sua avaliação, qual é o motivo de tanto sucesso dessa música?

R: O sucesso da música está ligado ao sucesso da competição, você entende? A Uefa, que organiza a Champions League, conseguiu fazer uma competição de muito sucesso.

L!: O hino da Champions League é o grande marco para a mudança da patamar da competição?

R: Quando uma competição ou organização trabalha tão bem a sua marca quanto a Champions League, a música acaba sendo muito importante no processo de atrair e ter o público ao seu lado. E eu fico muito feliz com isso.

L!: Você sabia que a música ganhou versões por todo o mundo? No Brasil virou até forró...

R: Não sabia que no Brasil adaptaram a música para outras versões populares. É muito bom. Sei que ela foi gravada em inglês, francês e alemão. Porque são os três idiomas oficiais da Uefa. Há uma versão da música em português também, já fiquei sabendo.

FICHA TÉCNICA
JUVENTUS X BARCELONA

Final da Liga dos Campeões
Estádio: Olímpico, Berlim (ALE)
Data-hora: 6/6/2015 – 15h45
Árbitro: Cuneyt Çakir (TUR)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (TUR(

JUVENTUS: Buffon, Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Evra; Pirlo, Marchisio, Pogba e Vidal; Tevez e Morata. Técnico: Maximiliano Allegri.

BARCELONA: Ter Stegen, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Neymar, Suárez e Messi. Técnico: Luis Enrique

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