Arouca e Juan voltam ao Morumbi para gritar ‘é campeão’ na antiga casa

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Entalado na garganta, o grito de "é campeão", que pode acontecer neste domingo, no duelo contra o Guarani, promete ser ecoado no Morumbi com um sabor especial por dois jogadores alvinegros: o lateral Juan e o volante Arouca.
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Os jogadores, que foram dispensados pelo São Paulo, e saíram da capital sem conquistar títulos, vivem agora, pelo Santos, a expectativa de retornar ao antigo "lar" e poder, enfim, soltar a voz e comemorar o título no estádio tricolor.
Para Juan, que detém contrato com o São Paulo até 2013 e veio por empréstimo até o fim do ano para o Santos, a chance de fazer história no Morumbi, onde "nasceu" para o futebol, nas categorias de base , em 1994, motiva ainda mais. É um sonho.
- Conquistar um título no Morumbi é um sonho de criança que eu tenho, desde a época que atuava nas categorias de base do São Pau-
lo. Devo muito a esse clube, que me fez tornar jogador profissional, mas quero vencer e comemorar a conquista com a torcida do Santos -
disse Juan.
Já o volante Arouca, que chegou ao Morumbi em 2008 e acabou sendo ‘moeda de troca‘ em uma transação com Rodrigo Souto, diz não carregar
consigo nenhum tipo de rancor, mas quer sim fazer a festa na sua ex-casa. Para tal, espera repetir a dose do ano passado, onde marcou gol na final e foi peça fundamental para o Peixe.
– Se o título vier, terá um gosto especial. Seria mais um marco para essa equipe. O Paulista do ano passado foi fantástico, muito especial para
mim e espero repetir a dose neste ano. Com o apoio enorme santista da torcida, faremos de tudo para ganhar lá dentro - afirmou Arouca.
VOLANTE VAI HOMENAGEAR A FILHA VALENTINA
O camisa 5 santista, que foi essencial na conquista do Paulistão 2011, quando marcou o primeiro gol na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, na decisão da Vila Belmiro, espera repetir a dose hoje, diante do Bugre, e ser peça decisiva no tri do Peixe na competição.
Para isso, o jogador conta com um amuleto de sorte: Valentina, sua filha. Desde que a pequena nasceu, Arouca faturou um Paulistão, uma Libertadores e está muito próximo de conquistar o segundo título do estadual.
No primeiro caneco levantado como papai, o Paulistão 2011, o jogador dedicou à filha e espera que a históriase repita. Ele revela o que preparou para a pequena, nascida em outubro de 2010.
– Contra o Guarani vou usar uma camisa por baixo do uniforme com uma homenagem à Valentina. Ela me deu bastante sorte nos jogos decisivos, como na final contra o Corinthians, no Paulista do ano passado, e também na final da Libertadores, contra o Peñarol. Espero que ela possa continuar me ajudando nas partidas – afirmou o volante alvinegro.
BATE-BOLA
Arouca
Volante do Santos
Na sua opinião, quais foram os motivos para não ter se adaptado ao São Paulo? Por que, ao contrário do Tricolor, conseguiu se encaixar tão bem no Santos?
Tanto no São Paulo quanto aqui, sempre tive um ambiente muito bom, tranquilidade e uma excelente estrutura para trabalhar. Infelizmente, nem tudo ocorreu da maneira que eu esperava no São Paulo. Muitas vezes, por necessidade do time, precisei ser improvisado de ala, mas não tive uma sequência na minha posição de origem. Acredito que isso atrapalhou um pouco. Mas faz parte do aprendizado e do crescimento do jogador. Aqui no Santos, a adaptação foi mais rápida, consegui me firmar e ir bem desde o início. Isso facilitou as coisas.
Neste domingo, diante do Guarani, pode, enfim, ter a chance de conquistar o título no Morumbi. Essa conquista pode trazer um gostinho especial para você?
Não pelo fato de ser no Morumbi, que é um grande estádio, que carrega muita história. Mas, sim, por ser um título importante para todos nós. Se vier, terá um gosto especial. Seria mais um feito histórico para essa equipe. Há mais de 40 anos um time não consegue um tricampeonato. Vamos lutar bastante no domingo, pois ainda temos 90 minutos pela frente e o Guarani tem uma grande equipe. Gritar “é campeão” é sempre bom, em qualquer circunstância e em qualquer lugar. Já fomos campeões no Barradão (Copa do Brasil), no Pacaembu, na Vila, espero que agora possamos ser campeões no Morumbi.
O que foi determinante para você resolver permanecer no Santos ao invés de retornar ao São Paulo? O que pesou para você tomar esta decisão?
Eu me firmei no Santos, consegui ter um desempenho muito bom no meu período de empréstimo, quando fomos campeões da Copa do Brasil e do Paulista. O presidente se interessou em continuar comigo, disse que eu era uma peça importante para o time e isso pesou bastante. Desde então, graças a Deus, consegui construir uma passagem vitoriosa por aqui e espero dar sequência a isso.
Para as finais em que disputa, traz uma superstição em especial? Para essa, diante do Bugre, tem algo preparado? A filha Valentina é o amuleto da sorte?
Contra o Guarani vou usar uma camisa por baixo do uniforme com uma homenagem à Valentina. Ela me deu bastante sorte nos jogos decisivos, como na final contra o Corinthians, no Paulista do ano passado, e também na final da Libertadores, contra o Peñarol. Espero que ela possa continuar me ajudando.
BATE-BOLA
Juan
Lateral do Santos
Saberia explicar por que não foi bem no Morumbi? Guarda algum rancor?
Acho que faltou a diretoria entender da forma que eu vinha jogando, a minha função tática, que era diferente da forma como atuei no Flamengo. Queriam que eu atuasse daquele jeito, mas com uma posição totalmente diferente. Faltou um pouco de liberdade para jogar, que tive no Flamengo e agora estou tendo no Santos.
Agora, no domingo, pode ser campeão na sua ex-casa. Como vê essa possibilidade? Vai ter um gostinho especial?
Vejo como uma possibilidade muito boa. Conquistar um título é muito importante e preciso aproveitar essa oportunidade no Paulistão. O fato de ser no Morumbi é um sonho de criança que eu tenho, desde que atuava nas categorias de base. Quero vencer e comemorar com a torcida do Santos.
Porque conseguiu se encaixar melhor na equipe do Santos? O que considera fundamental para voltar a jogar em alto nível?
O Santos é uma equipe com muita qualidade, toque de bola e movimentação, e isso se assemelha muito com o meu futebol. É uma equipe que já tem um padrão de jogo e isso me ajudou muito. A liberdade que o Muricy deu pra eu jogar, para usar o que tenho de melhor, que são as jogadas ofensivas, também foram fundamentais. Quando recuperamos a bola, tenho essa liberdade e isso pra mim é muito importante.
Ainda sonha com a Seleção Brasileira?
Eu tive passagem na Seleção quando atuei no Flamengo, é um objetivo que eu levo comigo. Jogadores de time grande tem que pensar em Seleção Brasileira, e comigo não é diferente. Se eu manter a regularidade no Santos, posso voltar a atuar na Seleção.
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