Alvos de críticas da torcida, Alessandro e Fahel querem ficar no Botafogo

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Em meio à crise alvinegra, dois nomes são unânimes nos protestos da torcida: Alessandro e Fahel. Respectivamente, ambos estão no Botafogo desde 2007 e 2009, assim sendo os jogadores com mais tempo de casa.
Apesar de contestada há algum tempo, a dupla acredita que paga a conta por tropeços marcantes nos últimos anos e, apesar de admitir que a insatisfação do público torna a passagem pelo Glorioso mais amarga, jura fidelidade incondicional ao clube e garante que não pedirá para sair.
Hostilizados, os jogadores tentam ignorar os problemas e aprender com as críticas construtivas. Porém a fúria da torcida está cada vez maior, o que fez Fahel desabafar:
– Somos 11 atletas e estamos brigando contra os 11 adversários e milhares de vaias dos nossos torcedores. Os gritos refletem em campo. Eles não podem torcer para que eu me esconda. Para mim, a torcida do Botafogo é muito maior do que isso. Estou identificado com o clube e não vou sair por causa disso - comentou o volante, que no último jogo atuou como zagueiro.
A impaciência da torcida já começa a atingir outros atletas, mas Alessandro e Fahel seguem como alvos preferidos, apesar de já terem rejeitado propostas e jamais apresentarem casos de indisciplina. Contestado, apesar do trabalho sério, Alessandro destacou que precisa manter o equilíbrio para não fazer loucuras.
– Os resultados negativos sempre sobram para alguém e quem leva a pressão são os que estão no clube há mais tempo. Nessa hora tem de ter sangue frio para não fazer algo que não acabe lhe prejudicando depois – realçou Alessandro, em referência também ao protesto feito por cerca de 15 torcedores na última quinta-feira, quando o próprio lateral-direito recebeu tapas no peito.
Se a situação partir para a violência de forma mais grave, Alessandro prometeu tomar medidas drásticas.
– Não vou pedir para sair. Espero que não haja agressão física. Se houver, vamos ter de tomar providências. Assim como eles, ninguém aqui tem sangue de barata – disse, apoiado pelo companheiro Fahel:
– Isso não é a solução.
Bate-Bola
Fahel
1)Você se considera injustiçado por ser responsabilizado pelos fracassos do time?
Fahel - Não tenho jogado e às vezes nem fiquei no banco. No último jogo pela Copa do Brasil, não só eu como todo o Botafogo foi injustiçado.
2)Acredita que outros jogadores do elenco deveriam dividir mais a responsabilidade com você e o Alessandro?
Fahel - Não adianta. Muitos já fizeram isso. Um exemplo é o Loco Abreu. Ele já falou abertamente sobre isso em uma entrevista. Defendeu a mim e ao Alessandro. Ele sabe de nossa importância e sabe que não dá para creditar uma vitória ou um fracasso a duas pessoas somente.
3)Essa foi a manifestação mais pesada que vc já viu de torcedores do Botafogo?
Fahel - Sim
4)Qual o recado daria para os torcedores do Botafogo?
Fahel - Que possam fazer o seu papel, que é torcer, gritar e incentivar a sua equipe, mandando sempre boas vibrações de maneira a motivar e encorajar os seus jogadores. Eu tenho certeza que dias muitos melhores virão. Deus me colocou aqui só saio quando ele quiser. Estou muito tranquilo porque nada que aconteceu me abala. Fico triste, mas nada que me tire a paz e que me faça fazer alguma loucura.
Bate-Bola
Alessandro
1)No Botafogo desde 2007 O que mais preocupa você com relação aos protestos?
Alessandro - Podem me xingar à vontade, desde que não encostem a mão em mim ou em alguém da minha família.
2)Você acredita que essa pressão atrapalha muito?
Alessandro - Como os protestos não são novos, creio que hoje encaro isso com mais tranquilidade.
3)O episódio do desembarque não seria o estopim para sua saída do Botafogo?
Alessandro - Sei que isso não é a torcida do Botafogo, é apenas uma minoria. Mas é muito desagradável quando querem intimidar dessa forma.
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