Leila diz que vai pagar auditoria do próprio bolso e festeja redução de R$ 4 milhões na folha do Palmeiras

Em reunião com conselheiros, presidente te palmeirense diz que vai aguardar resultado de pente fino nas contas para decidir como será a postura do clube no mercado

Leila Pereira
Presidente do Palmeiras, Leila Pereira, na reapresentação do elenco, no último dia 5 (Foto: Cesar Grecco/Palmeiras)

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Pressionada pela torcida pela não contratação de um centroavante de peso e ações administrativas que foram tomadas no início de sua gestão, como a demissão do locutor oficial do Allianz Parque, Marcos Costi, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse em reunião com conselheiros na última segunda-feira (18) que pagará do próprio bolso a auditoria que será feita nos contratos e contas do clube.


O objetivo é cortar ainda mais que os R$ 4 milhões que a mandatária alviverde disse no encontro já ter reduzido da folha mensal em comparação com o ano passado - considerando as saídas de jogadores veteranos caros, como Felipe Melo, Jailson e Willian -, conforme a reportagem apurou.

A realização de uma auditoria para saber a real situação financeira do clube foi uma das promessas de campanha de Leila, que surpreendeu a torcida mantendo a austeridade financeira que já vinha desde a gestão anterior de Maurício Galiote.

Por ser a responsável pela empresa que injeta até R$ 120 milhões no clube através do patrocínio, Leila acendeu a esperança da torcida de que reforços de nome e caros chegariam ao Verdão.

Mas, segundo o LANCE! apurou, Leila está com o sinal de alerta ligado justamente pela dificuldade do clube em conseguir revender em boas condições boa parte dos 34 reforços contratados na gestão Alexandre Mattos no futebol alviverde e que custaram ao todo R$ 343,3 milhões.

A ideia seria justamente fazer uma avaliação das finanças para saber quanto e como o Palmeiras pode voltar a gastar com reforços de peso, independente de quanto o clube possui em caixa atualmente.

Consultores financeiros contratados por Leila após sua eleição já anteciparam à mandatária que o Verdão precisa vender jogadores para atingir uma balança financeira saudável. Após o Mundial, o volante Danilo deve abrir a lista de vendidos. Está sendo sondado pelo Arsenal, da Inglaterra.


Boa parte do ciclo de contratações iniciadas na era Galiotte teve o aporte da Crefisa, empresa de Leila. Ao todo, a patrocinadora bancou nomes como Borja, Bruno Henrique, Deyverson, Luan e Guerra. Como contrapartida, o Palmeiras terá de devolver à patrocinadora o dinheiro investido nessas contratações em até dois anos após a saída de cada um desses atletas. A dívida hoje beira os R$ 100 milhões.

E os reflexos são sentidos até hoje. Lucas Lima, por exemplo, sairá do clube no final do ano em baixa, de graça, e está emprestado ao Fortaleza com o verdão pagando mais de 70% de seus salários. Um prejuízo total de mais de R$ 60 milhões. O atacante Luiz Adriano está encostado, custando R$ 1,2 milhão por mês e afastando interessado por conta do valor.

- Eu vou ser bem clara com vocês: eu não vou quebrar o Palmeiras, eu não vou fazer isso, eu estou aqui para fazer um trabalho responsável. Eu não vou fazer contratações acima da realidade do Brasil, eu não vou fazer isso. O meu compromisso com o torcedor é ser transparente. Eu quero que no final da minha gestão o Palmeiras esteja melhor esportivamente e financeiramente - disse Leila em sua única fala pública neste ano aqui, em uma live com torcedores no início do mês.

- Não adianta eu cometer irresponsabilidades como vocês já viram, não vou citar nomes para não ser indelicada, com vários clubes no Brasil que foram tratados de forma irresponsável. O dirigente sai e a situação do clube fica dramática. Não é isso que eu quero para o Palmeiras e enquanto eu for presidente isso não vai acontecer. Eu vou sair daqui com o Palmeiras melhor esportivamente e financeiramente. Esse é o compromisso que eu tenho com os torcedores e com a Sociedade Esportiva Palmeiras - concluiu a mandatária.

Parte dessa política da mandatária se refletiu neste ano. Atletas sondados, como Taty Castellanos, do New York City, dos EUA, e Lucas Alario, do Bayer Leverkusen, da Alemanha, foram descartados pelos altos valores pedidos para suas liberações.

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