LANCE! Espresso: Palmeiras ‘se livra’ de Borja, mas não apaga seus erros de planejamento

Miguel Borja, enfim, conseguiu o que queria. Deixou o Palmeiras e voltará à Colômbia, onde defenderá o Junior Barranquilla, seu time do coração. Contratação mais cara da história do Verdão, o atacante provou ser bem menos valioso do que aquele que brilhou por poucos meses com a camisa do Atlético Nacional, campeão da Libertadores em 2016. Mas é verdade também que sofreu com a falta de convicção que virou marca no Palmeiras nos últimos anos. Alto investimento e resultado imediato e contínuo desde 2015? Só Dudu até agora. Sem confiança na formação do grupo, o clube muitas vezes foi refém de sua megalomania. Gastou fortunas com Deyverson e Carlos Eduardo, por exemplo, e agora aceita negociar o jovem atacante Artur com o Bragantino para reduzir o déficit. É impossível acertar em todas as apostas no mercado da bola, mas o Palmeiras vem se especializando em gastar muito em incertezas - e a torcida não deixa de cobrar isso a cada oscilação em campo. Em 2019, lotou o banco de reservas de jogadores preteridos pelos treinadores e não resolveu problemas crônicos nas laterais e o ataque. São decisões assim que transformam anos bons em uma sucessão de erros e que colocam em xeque o que antes era visto como um dos elencos mais valiosos do Brasil.

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