Governo sul-africano vai recorrer da decisão do CAS sobre Semenya
A bicampeã olímpica Caster Semenya foi proibida pela Federação Internacional de Atletismo de competir em provas internacionais por alta produção natural de hormônios
O governo da África do Sul entrou na briga de Caster Semnya contra a Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Nesta segunda-feira, o Ministério de Esportes do país confirmou que irá recorrer contra decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) que impede a bicampeã olímpica de disputar provas internacionais.
A decisão da IAAF, divulgada há duas semanas, determina que Caster Semenya seja proibida de participar em provas de até 1.500m, a não ser que a atleta concorde em tomar remédios para reduzir sua testosterona. Semenya nasceu com hiperandrogenismo, condição que faz o corpo produzir naturalmente mais hormônios andróginos, como é o caso da testosterona.
Em fevereiro passado, Caster Semenya já havia recorrido da proibição com uma apelação no CAS, mas a resposta foi negativa. Agora, com o apoio do governo sul-africano, a atleta quer provar que muitos fatos não foram apresentados na sessão aos juízes, e que dois deles se mostraram em dúvida sobre a decisão.
Segundo Semenya, a Federação Internacional de Atletismo pratica discriminação contra ela e garantiu que seguirá lutando contra a proibição. Há uma semana, a atleta disputou a etapa de Doha da Diamond League, vencendo a prova de 800m.
- Sei que os regulamentos da IAAF sempre visaram especificamente a mim. Durante uma década a IAAF tentou me frear, mas isso tem me fortalecido. A decisão da CAS não me impedirá de continuar competindo. Mais uma vez vou subir e continuar a inspirar as mulheres jovens e atletas na África do Sul e em todo o mundo.