A Liga Forte Futebol (LFF) aprovou, por unanimidade, a proposta de um fundo de investimentos dos Estados Unidos, apresentada pela XP Investimentos. A votação aconteceu em Assembleia Geral Extraordinária, com a presença de todos os clubes filiados no salão nobre das Laranjeiras, sede do Fluminense.

O nome do fundo de investimentos é mantido em sigilo, mas a oferta aprovada rivaliza com os US$ 900 milhões oferecidos por um percentual entre 10% e 20% da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) pelo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes.

Os dirigentes assinaram uma autorização para que as três empresas que assessoram a LFF sigam com o processo de negociação com o fundo americano. A expectativa da LFF é de conclusão de toda a negociação de investimento em até 90 dias. Esta assinatura, no entanto, não impede que outros investidores entrem na disputa.

- A proposta aprovada é válida para os clubes da LFF de forma independente e também para uma eventual liga única de 40 clubes, caso ocorra uma unificação. A expectativa da LFF é de conclusão de toda a negociação de investimento em até 90 dias. A LFF reafirma sua crença de que a distribuição equilibrada das receitas é o ponto de partida para criarmos uma liga forte no Brasil - disse a Liga Forte Futebol, em comunicado.

ABC de Natal é o novo membro da LFF

Na reunião desta quarta-feira, foi formalizado e ratificado a entrada do ABC Futebol Clube no grupo da Liga Forte Futebol, que agora conta com 26 membros. Nos bastidores, havia a expectativa que o clube potiguar iria aderir à Libra, outro bloco de clubes que negocia com fundo de investimentos para o futebol brasileiro.

Fazem parte da LFF os seguintes clubes: ABC, Athletico PR, Atlético MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Vila Nova e Tombense.

Dirigentes da Liga Forte Futebol (Foto: Divulgação)

O que dizem os dirigentes da Liga Forte Futebol?

- Acredito que esse modelo consolida o trabalho que vínhamos conversando há meses, além de ser o mais igualitário. Estamos falando de uma proposta que não é amarrada, mas que desde já garante receitas para os clubes envolvidos, de forma igualitária e com perspectivas de investimento. Hoje demos um passo importante para a criação da Liga, que foi a assinatura de 26 agremiações, mas continuaremos com o objetivo de que todas as 40 também assinem. É um movimento que tem de tudo para se assemelhar com o que já acontece em outras grandes ligas do mundo, como Premier League e La Liga - afirmou o presidente Marcelo Paz, do Fortaleza.

- Estamos falando de um dia histórico para os 26 clubes que participaram deste movimento, pois chegamos a um consenso sobre uma proposta que vai trazer condições equilibradas para todos, com recursos e prazos específicos. As propostas apresentadas foram concretas e tiveram um norte, com a possibilidade de ampliar recursos para as equipes das séries A e B, e também alguma receita para os times da Série C. É o momento também de iniciarmos um processo de novas conversas, a fim de ampliar este movimento para todos os 40 clubes - disse Alessandro Barcellos, presidente do Internacional.

- Diria que estamos vivendo um momento histórico, um marco em busca de termos um futebol mais forte, com uma divisão de receitas criteriosa, mais justa. É de total interesse dos investidores uma liga onde haja muito mais equilíbrio e tivemos reforçada essa percepção hoje. O nosso futebol não pode seguir com uma disparidade tão grande nas arrecadações entre times do mesmo torneio e da mesma divisão. Esperamos em muito pouco tempo colocar em prática todas as discussões e avanços que temos tido ao longo dos últimos encontros - explicou Yuri Romão, presidente do Sport.