Neymar critica futebol ‘certinho’, e Ronaldo relembra: ‘Briga para pegar mulher’
Ídolos da Seleção Brasileira comparam "eras" do futebol brasileiro e exaltam diversão

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Ronaldo e Neymar participaram nesta quarta-feira (24) de um painel na Mercado Livre Experience 25, no Pacaembu, em São Paulo (SP), e falaram sobre carreira, comportamento das gerações e a pressão vivida no futebol. Os dois ídolos da seleção brasileira destacaram diferenças entre épocas e a forma de lidar com cobranças e críticas.
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— Eu posso dizer que dediquei muito a minha vida ao futebol, mas sem abrir mão também dos meus momentos de lazer. Sempre foi uma parte importante para mim também. Eu sou uma espécie de sobrevivente, porque eu cresci vendo Renato Gaúcho, Romário, Túlio, Edmundo, os caras brigando para ver quem era o que mais pegava mulher. Eu cresci vendo essa ousadia — disse Ronaldo.
O camisa 10 Santos completou afirmando que a atual geração do futebol brasileiro é "certinha". Além disso, disse que a diversão é uma "forma de terapia".
— Hoje em dia a galera é muito quietinha, todo mundo é certinho, politicamente correto. Nós nunca fomos isso. É uma forma de terapia. O futebol te demanda muito na sua vida, você se dedica muito, é muito tempo que você tem que ficar ali. Esses momentos nossos, para relaxar a cabeça e viver um pouco também, porque todo mundo gosta de viver, são importantes — afirmou Neymar.
Os jogadores também relacionaram a diversão com a necessidade de aliviar a pressão do esporte, intensificada pelas redes sociais.
— Se você não tiver a cabeça boa, vai ficar pirado, com certeza — disse Neymar.
— A rede social deu voz para muita gente. É diferente um tipo de crítica que vem com respeito, com critério, com técnica. Outra coisa é aquela crítica violenta, agressiva, ofensiva. Essa é ignorada, não levo em consideração em nenhum segundo na minha vida esse tipo de crítica — completou Ronaldo.
AO ex-jogador revelou, ainda, o desejo de utilizar a influência que tem para fazer das redes sociais uma ferramenta para amenizar a polarização no Brasil.
— O futebol sempre foi muito midiático. Todo mundo entende, todo mundo é treinador, é corneteiro. Mas hoje parece que está mais complicado tudo isso. A gente, no mundo do futebol e do esporte, queria usar nossas plataformas para tentar amenizar um pouco esse ambiente. Está tudo muito 8 ou 80, preto ou branco. A gente já está vivendo num país em que tudo é polarizado, dividido, e ninguém quer ouvir ninguém. A gente tem um problema importante, enquanto pessoas de credibilidade no nosso país, para pedir um certo equilíbrio na hora de discutir as situações importantes — disse o ex-atacante.
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