Jogadores de clubes do RS têm casas inundadas e relatam momentos dramáticos
Atletas também são vítimas da enchente histórica no estado
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Jogadores de times de menor investimento do Rio Grande do Sul também estão entre as vítimas da enchente histórica no estado, como o lateral-direito Itaqui, do Monsoon; o centroavante Patrick, atualmente sem clube; e o volante Lucas Oliveira, do Novo Hamburgo. O trio, que mora em cidades diferentes da região metropolitana de Porto Alegre, relatou ao "ge" os momentos de tensão que viveram.
Lucas, de 20 anos, contou que conseguiu entrar em casa, na segunda-feira (6), e que pouca coisa se salvou. A geladeira estava boiando e móveis estavam submersos. Do lado de fora, o nível da água chegava na cintura. Ele mora perto do Rio dos Sinos, que deságua no Delta do Jacuí e segue até o Guaíba.
- Na quinta, dia 2 de maio, a água veio subindo e não parou mais. Foi ali que começou a entrar em casa e alagou o bairro todo, algo que nunca tinha acontecido - disse Lucas.
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Itaqui, de 33 anos, que atuou em clubes como Avenida, São Luiz, Esportivo, Santa Cruz e Novo Hamburgo, contou que precisou sair às pressas de casa, no bairro Mathias Velho, em Canoas, na madrugada de sexta-feira para sábado.
- Houve um pedido de evacuação da prefeitura no começo da noite, eu tirei minha esposa e meu filho. Fiquei na casa e, por volta das 4h, a água ainda não tinha chegado e, mesmo assim, eu tirei o carro para um lugar mais alto. Por volta das 6h, nossa casa começou a ter um pouco de água e às 7h já saímos com água praticamente na cintura. Depois, as imagens que a gente recebe é de água batendo no teto em questão de horas - disse.
Itaqui conseguiu salvar apenas as coisas mais importantes. A família foi para a casa dos pais do jogador, em Gravataí.
Patrick, de 25 anos, enfrenta situação semelhante. Com passagens pelas categorias de base do Inter em 2019, Novo Hamburgo e Lajeadense, o jogador mora em Esteio junto com a esposa, Cristiane, e a filha Maria Cecília, e perdeu praticamente tudo na enchente. Em meio ao caos, uma alegria: o nascimento da segunda filha, Maria Clara, no domingo (5).
- Bem difícil, pois ficamos felizes com a chegada da nossa filha, mas ao mesmo tempo não temos o nosso lar para ela repousar. O que nos apegamos agora é na fé, confiar que Deus vai nos ajudar e que temos toda saúde para ir atrás do que perdemos - disse.
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