Roger explica opção por Cazares e exalta segundo tempo do Fluminense no Fla-Flu: ‘Fomos premiados”

Treinador ainda exaltou as mudanças feitas na equipe após o intervalo e o poder de reação após semana de mais pressão


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Depois de sofrer uma goleada na última rodada, o Fluminense entrou pressionado em campo, mas venceu o Flamengo por 1 a 0, com gol de André nos acréscimos. Em entrevista coletiva após a partida na Neo Química Arena, em São Paulo, o técnico Roger Machado reconheceu o primeiro tempo abaixo do time tricolor, mas exaltou a mudança de postura na segunda etapa.

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- Nunca se faz uma programação para dar o controle do jogo pro adversário e oportunizar mais volume. O que a gente por vezes faz é tentar buscar uma jogada de velocidade nas costas. No primeiro tempo, com um meia de criação, a gente usou muito pouco o Cazares pra controlar e articular. Devolvemos a bola com velocidade muitas vezes para o Flamengo, que dentro da sua característica peculiar de buscar mais o controle do jogo, ficou com a bola - analisou Roger.

- No segundo tempo, com as substituições e para poder explorar mais esse volume do Flamengo, apostar no arrasto dos jogadores de beirada e na profundidade do Lucca por dentro, acho que funcionou bem. A gente passou bem a empurrar, fazer o Flamengo se preocupar com suas costas, criamos oportunidades na individualidade do Luiz Henrique, do Biel, do Lucca e fomos premiados. Vitória em um clássico importante, numa semana bastante tensa em função do último jogo, mas que prova que esse grupo reage bem e recoloca as coisas nos trilhos num momento importante - completou.

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​Com o resultado, o Flu sobe para o sétimo lugar, com 13 pontos, e fica a frente do Fla, em oitavo, com 12 e dois jogos a menos. Na próxima quarta-feira, o Flu recebe o Ceará às 21h30, em São Januário.

Fla x Flu
Roger, durante o clássico (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

Uma das mudanças para este clássico foi a entrada de Cazares na vaga de Nene no meio-campo. O camisa 11 foi apagado no primeiro tempo e o veterano entrou ao longo da segunda etapa dando mais dinâmica ao time e iniciando a jogada do gol. Roger explicou a opção pelo equatoriano e elogiou Nene.

– Acreditei que a gente precisava ter um pouco mais do jogo de posse, um meia mais articulador do que o Nene, que também articula, mas joga mais em profundidade, para que a gente tentasse sair mais apoiado. O que não aconteceu no primeiro (tempo) foi que, nos momentos que o Cazares chegava perto da bola, a gente levava a bola para longe dele, não acionava devidamente para que ele pudesse articular. As poucas vezes que ele tocou na bola, ele conseguiu dar prosseguimento ao jogo, principalmente nas inversões de corredor - explicou.

– O Nene é sempre uma opção. Claro que quando você entra depois que o jogo já está quente, você perde ritmo, isso é a parte ruim do processo. Mas você com o tanque cheio, e os jogadores já com a energia reduzida, pode dar uma vantagem para um jogador com as características dele. Tudo é possível. Ele entrou bem realmente nas duas vezes que saiu do banco. Agora depende muito do que a gente espera para a partida. Hoje ele foi muito bem de fato - elogiou.

O ponto alto para o Fluminense foram as substituições na segunda etapa. Os cinco jogadores que entraram em campo fizeram parte do lance do gol da vitória de André, que também havia acabado de sair do banco. Se contra o Athletico-PR as mudanças terminaram de desestabilizar o Tricolor, agora foram decisivas.

- Eu me movimento com o que está acontecendo no jogo. A intenção de muitas vezes você não trocar no intervalo quando o placar está zerado, é você acreditar que com a conversa vai voltar diferente. A partir do momento que isso não acontece, vamos para as substituições. Nunca pensando na estrutura, a estrutura se altera e pode ser alterada com a mexida de características das posições, o que aconteceu hoje. Ao colocar o Lucca, que é de velocidade, fiquei com a mesma estrutura, mas mudei a característica - analisou.

- Não tem muita mágica no futebol, pedem alternâncias, mas como o treinador vai ter alternâncias de estrutura dentro de um cenário que você tem um jogo a cada três dias. Hoje o treinador de futebol vai se basear naqueles que escalam e trocam bem, porque não há tempo para mexer em estrutura. Porque aí sim você corre o risco de desestabilizar o mecanismo que vinha dando certo - finalizou.

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