Dorival Jr aposta em time-base e números mostram evolução do Fla

Equipe cresce ofensivamente e mantém solidez defensiva sob o comando do treinador, que devolveu à confiança aos jogadores e está apostando na manutenção de uma equipe titular

Dorival Júnior em seu primeiro treino no Flamengo
Dorival Jr comandou o Flamengo em cinco partidas, com três vitórias e dois empates (F: Gilvan de Souza/Flamengo)

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O primeiro mês de Dorival Júnior no comando do Flamengo apresenta números que apontam a evolução do time desde a chegada do técnico. Contratado para dirigir a equipe nas 12 rodadas finais do Brasileiro, o treinador vem apostando na manutenção dos 11 titulares e, com carta branca para fazer mudanças, não hesitou em barrar nomes importantes do grupo, como Diego e Diego Alves.

Dorival foi apresentado na manhã do dia 29 de setembro e, horas depois do primeiro contato com os jogadores, já estava no gramado dirigindo a equipe contra o Bahia. Contando com o empate em 0 a 0 em Salvador, foram cinco jogos com o técnico: três vitórias e dois empates, com 10 gols a favor e um contra. As atuações convincentes e os números comprovam a evolução do Rubro-Negro, dono do ataque mais positivo e segunda melhor defesa do BR-18.

MANUTENÇÃO DO TIME PASSA PELAS BARRAÇÕES DOS "DIEGOS"

Nas últimas quatro rodadas do Brasileirão, contra Corinthians, Flu, Paraná e Palmeiras, Dorival Jr mandou a campo o mesmo time titular. César; Pará, Léo Duarte, Réver e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Lucas Paquetá; Everton Ribeiro, Vitinho e Uribe: a manutenção desta equipe passou pela decisão de Dorival em manter Diego e Diego Alves como reservas, mesmo quando recuperados.

Quando chegou para substituir Maurício Barbieri, Dorival não teve o meia e o goleiro à disposição nas primeiras partidas. A dupla se lesionou no jogo contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, o qual resultou na demissão do antecessor.

César entrou bem, fez defesas importantes contra Corinthians e Fluminense, só sendo vazado no sábado, diante do Palmeiras, em belo gol marcado por Dudu. Por outro lado, a decisão de manter César gerou um desconforto interno com Diego Alves, que se recusou a viajar como reserva para Curitiba. O problema está sendo tratado internamente, enquanto o camisa 1 treina com o elenco, mas não deve voltar a ser relacionado por Dorival Júnior na reta final do ano.

FIM DO RODÍZIO E CONFIANÇA DEVOLVIDA AO ATAQUE

No final da passagem de Barbieri, o técnico impôs ao time um rodízio entre os atacantes. Uribe, Henrique Dourado, Vitinho, Lincoln, Marlos, Geuvânio: todos tiveram chances, mas a queda de produção era visível, com os "camisas 9" em jejum e os pontas criando pouco. Com a chegada de Dorival, o cenário mudou.

Sem fazer grande mudança tática, Dorival teve semanas livres para devolver ao elenco a confiança perdida pelas atuações ruins após o Mundial. As conversas tiveram resultado, com os jogadores crescendo individualmente. Vitinho, por exemplo, foi decisivo contra Paraná, Corinthians e Fluminense. Uribe ganhou a titularidade e também tem evoluído, participando mais do jogo do Flamengo.

Apesar de ter definido os 11 titulares, Dorival também está tirando mais dos reservas, mantendo a competitividade entre o elenco. Henrique Dourado e Marlos, por exemplo, saíram do banco e marcaram na vitória sobre o Paraná, fora de casa, e no empate com o Palmeiras, no Rio de Janeiro, respectivamente. Geuvânio, Berrío, Rodinei, Rõmulo e Piris também foram acionados por Dorival.

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