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Na história dos goleiros do Botafogo, Jefferson ocupa qual posição?

Ao longo do tempo, ao menos sete goleiros foram protagonistas do Glorioso, por diferentes razões. Dois já aposentados e o próprio Jefferson opinam sobre a disputa<br>

Imagens recentes de Jefferson pelo Botafogo
imagem camera(Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/11/2018
17:59
Atualizado em 24/11/2018
13:54

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Em número de jogos, os 459 que alcançará nesta segunda-feira colocam Jefferson como o segundo na lista dos que mais vestiram a camisa do Botafogo. À frente dele somente Garrincha e Nilton Santos. Mas o camisa 1 que está se despedindo da rotina futebolística entrou também para a galeria dos maiores goleiros alvinegros. Manga, Wendell, Paulo Sérgio, Ricardo Cruz, Willian Bacana e Wagner. Uns com passagens pela Seleção Brasileira, outros com mais tempo de auge ou títulos pelo Glorioso. E você, em que posição coloca Jefferson?

- O Jefferson, numa escala dos grandes goleiros do Botafogo, está atrás do Manga, que, para mim, foi o principal. O Jefferson, pelo potencial, fica em segundo. Lembrando que os goleiros do clube que foram para a Seleção são o Manga, o Wendell, o Jefferson e eu. Mas, nessa escala, o Jefferson, por tudo que fez, merece todas as homenagens. Afinal, salvou o time em diversas oportunidades e é referencia para esses goleiros da atualidade. Mais do que merecida essa homenagem - afirma Paulo Sérgio, ao LANCE!, que defendeu a meta alvinegra entre 1980 e 1985.

Manga, citado por Paulo Sérgio, foi goleiro do clube de 1959 a 1968, levou troféus estaduais, um nacional e um internacional. Foi titular na Copa do Mundo de 1966; Wendell defendeu a meta alvinegra de 1971 a 1977. Lesionou-se às vésperas da Copa do Mundo de 1974; Ricardo Cruz, que esteve no Alvinegro entre 1988 e 1992, era o titular no emblemático título estadual de 1989.

- Houve grandes goleiros que eu nem vi jogar, mas o Jefferson está entre os melhores, pelas conquistas que teve pelo clube. É um goleiro de alto nível. Está na galeria dos grandes, perto do topo, sem a menor dúvida. As homenagens são justas - comenta Ricardo Cruz, também ao L!.

Willian Bacana foi o camisa 1 na conquista da Copa Conmebol de 1993 e foi profissional do Glorioso de 1988 a 1993; outro goleiro histórico para o Botafogo é Wagner, titular na conquista do Campeonato Brasileiro de 1995 e esteve vinculado ao clube de 1993 a 2002.

O próprio Jefferson também já foi questionado. Em entrevista a este mesmo L! no último mês de abril, ele admitiu crer que está entre os três maiores goleiros da história alvinegra.

- Acredito que não sou o maior goleiro do Botafogo. Já passaram muitos por aqui. Teve Manga, Wagner, que foi o único campeão brasileiro e é pouco falado e enaltecido por aqui, acredito eu... eu tenho uma história diferente e muito bonita. Estou caminhando para ser o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do clube, além de ser o recordista no gol. Não me considero o melhor, mas estou no top 3, no pódio. Isso que é importante, poder deixar a história, um legado para os filhos, netos. Isso é lindo - disse à época.

OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS
Bernardo Cruz, editor do LANCE!
Jefferson está, sem dúvidas, no top-5 de goleiros históricos do Botafogo. Para a minha geração, que se recorda bem dos jogos a partir do início da década de 1990, foi o segundo maior goleiro. Perde para Wagner, na minha avaliação, por um único motivo: o título brasileiro de 1995. Na questão técnica, inclusive, é superior goleiro daquela da conquista nacional.

Acredito que Manga é uma unanimidade no que diz respeito ao posto de maior goleiro da história do clube. Paulo Sérgio, Ricardo Cruz e Willian Bacana também possuem capítulos importantes na linha do tempo do Botafogo. Jefferson superou essa trinca. Seja por suas defesas memoráveis (como esquecer a cobrança de pênalti de Adriano em 2010, ou a reta final do Brasileiro de 2009), por sua identificação com o Alvinegro, sobretudo em momentos complicados, como o rebaixamento em 2014, e, principalmente, pela emoção que carrega quando se refere ao clube.

Vinícius Perazzini, editor do LANCE!
Fui responsável pela cobertura do Botafogo de 2009 a 2013, período mágico de Jefferson. Posso assegurar: dos goleiros que vi de perto no futebol, nenhum tinha a elasticidade de Jefferson no seu auge. Tudo fruto de muito trabalho e humildade, características marcantes deste que entrou para a história do Botafogo como o maior goleiro de sua história.

Sim, o maior. Não vi Manga, apesar de saber seus feitos, mas vi Jefferson voltando ao Botafogo, em 2009, aceitando receber salário de júnior para vestir a camisa do clube. Vi a defesa do pênalti cobrado por Adriano, que sacramentou um título que lavou a alma botafoguense. Vi um goleiro com salários atrasados, mas sempre dando o máximo pelo Botafogo. Vi um profissional deixar de lado possíveis grandes transferências, em seu auge, para representar um clube que naquele período vivia o caos e um rebaixamento à Série B.

Terceiro atleta que mais vestiu a camisa do Glorioso, tricampeão carioca, integrante da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Quando ele estava em campo, todos no estádio tinham a certeza de que o adversário precisaria suar muito para fazer um gol no Botafogo. Sem dúvidas, um ícone que será difícil de ser superado.

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