Rivais sem tradição, viagens curtas, nada de lesões sérias…Argentina, enfim, tem obstáculos na Copa!
A Copa do Mundo para a seleção argentina, até agora, é sinônimo de vitórias, alegrias, calmaria...um verdadeiro mar de rosas. Viagens curtas (o que menos viajou na competição!), adversários sem tradição, nada de lesões sérias, astro em alto nível e decisivo, erro zero de arbitragem, apoiado pela torcida, jogadores que chegaram sob total desconfiança correspondendo... sem reclamação.
Agora, porém, a situação mudará. A começar pelo adversário na semifinal, mais tradicional e melhor tecnicamente. Na primeira fase, Bósnia, Irã e Nigéria. Nas oitavas, a Suiça. Nas quartas, a Bélgica. O rival da vez é a Holanda, três vezes finalista (74, 78 e 2010) e dona do melhor ataque do torneio (12 gols).
E terá de encarar os europeus sem seu segundo melhor jogador. Dí Maria, com uma lesão muscular na coxa direita, está fora da competição. Problemas médicos, até agora, se resumiram a ausência do reserva Palácio no início e um incômodo muscular de Aguero (fora só contra a Suíça).
E o que falar de Rojo e Romero? Lateral-esquerdo e goleiro vieram como candidatos a símbolo de um possível fracasso argentino, mas o que se viu foi um jogador regular, inclusive autor do gol que deu a vitória sobre a Nigéria, e um arqueiro fundamental contra a Bósnia e o Irã.
Por falar no astro da equipe, o que se viu nos últimos dois jogos foi uma participação bem menos brilhante. Independentemente do fato de não ter feito gol, o camisa 10 não conseguiu jogar bem. Messi fez um papel de operário, não de engenheiro. Apenas ocasião ou uma clara descendente no momento da partida mais complicada para a seleção argentina? Agora, hermanos, será diferente!
MAR DE ROSAS DA ARGENTINA NO MUNDIAL
Viagens curtas
A seleção argentina está hospedada em Belo Horizonte. Até agora, viagens na Copa só para cidades São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, a mais ‘longe’. E será assim até a decisão (ou disputa de 3 e 4);
Rivais sem história
Na primeira fase, Bósnia, Irã e Nigéria. Nas oitavas, a Suiça como adversária. Nas quartas, a Bélgica. Nenhuma campeã!
Sem lesões sérias
Ausência do reserva Palácio nos primeiros jogos e um incômodo muscular de Aguero, que o tirou fora de um jogo. Antes de Dí Maria, nada grave.
Apito perfeito
Qual foi o grande erro de arbitragem contra a Argentina na Copa do Mundo? Não houve. Ao contrário de outras seleções, como México, Holanda e Croácia, os hermanos não têm o que reclamar dos árbitros.
Astro resolvendo...
Quantas vezes se viu o astro da equipe não fazer nada numa Copa? Cristiano com Portugal, por exemplo. Messi participou de seis dos oito gols da equipe!
Contestados e...bem!
O lateral-esquerdo Rojo e o goleiro Romero eram tratados pela imprensa argentina e por boa parte dos torcedores como candidatos a símbolos em caso de fracasso, mas o que se viu foram jogadores regulares.
Sem suspensões!
Em cinco partidas disputadas no Mundial, o técnico Alejandro Sabella não pôde contar com apenas um jogador por suspensão: Rojo, contra a Bélgica. Elenco à disposição.
Esquema ideal
Sabella mudou o esquema no primeiro jogo, colocando um terceiro zagueiro. Após 45 minutos ruins, resolveu voltar ao 4-3-3. Messi pediu continuidade do esquema, o treinador ouviu e deu certo.
Paciência do grupo
Ao contrário do que fizeram holandeses, alemães, mexicanos e tantos outros. os jogadores argentinos não tiveram momentos de relax fora da Cidade do Galo. E não houve reclamação por ninguém.
Premiação
Assunto jamais fez parte do cotidianos dos jogadores e dos jornais argentinos. Sem estresse sobre dinheiro...
O QUE PODE (OU VAI) MUDAR:
1) Holanda é um adversário mais tradicional e melhor do que qualquer outro na Copa.
2) Dí Maria , segunda maior estrela do elenco, se lesionou e não deve jogar mais a competição.
3) Messi não brilhou nem fez gol nas partidas do mata-mata. Coincidência ou queda?
4) Os brasileiros torceram contra até agora. Mas a dois jogos do título, isso aumentará
5) Treinador assumiu que a parte física preocupa depois de tantos jogos às 13h. Sentirão?