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Reunião da Fina define futuro da CBDA após eleição polêmica

Entidade não reconhece Miguel Cagnoni como presidente da Confederação Brasileira, que ainda corre o risco de ser suspensa devido ao pleito que feriu o estatuto então em vigor<br>

Miguel Cagnoni
Miguel Cagnoni foi eleito em junho, mas não é reconhecido (Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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A Federação Internacional de Natação (Fina), que não reconhece Miguel Cagnoni como presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), deve dar uma resposta mais enfática sobre o processo eleitoral de sua filiada. Uma reunião do Conselho Executivo nesta quinta-feira, em Sanya (CHN), definirá os próximos passos de um impasse que se arrasta há meses.

Conforme o LANCE! revelou em agosto, a Fina exigiu em carta que uma nova eleição seja realizada, já que a última feriu o estatuto em vigor na CBDA. Cagnoni foi eleito com votos de clubes e do presidente da Comissão de Atletas, Leonardo de Deus. Um interventor da Justiça Comum, o advogado Gustavo Licks, conduziu todo o processo. Mas o regulamento então em vigor determinava que só uma Assembleia Geral teria o poder de convocar eleições e determinar suas regras.

A nomeação de Licks aconteceu em meio à grave crise política e financeira na CBDA. O ex-presidente da entidade, Coaracy Nunes, teve o mandato encerrado em março, antes do pleito que elegeria seu sucessor. O cartola, de 79 anos, chegou a ser preso em abril, por suspeita de desvio de recursos, mas recebeu um habeas corpus em junho.

Em agosto, já na gestão de Cagnoni, a confederação realizou uma Assembleia Geral para aprovar as mudanças em seu estatuto, uma das exigências da Fina. O Conselho Executivo também irá deliberar sobre as modificações no documento.

No início deste mês, a “Folha de São Paulo” publicou um e-mail em que o presidente da Fina, Julio Maglione, repetiu o tom usado anteriormente por Cornel Marculescu, diretor-executivo.

A mensagem diz claramente que a CBDA “deverá realizar uma nova eleição, em acordo com sua constituição”. Cagnoni alega que chegou ao cargo amparado por decisão judicial e diz que não fará novo pleito. O mandato do paulista vai até 2021.

Desde que a Fina deu os primeiros sinais de insatisfação, a CBDA estuda recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, em inglês). Se isto acontecer, a guerra estará declarada. A entidade brasileira ainda corre o risco de ser suspensa devido ao impasse, o que pode prejudicar os atletas.

Principal opositor de Coaracy nos últimos anos, Cagnoni é um dos dirigentes que votou a favor da proposta de 12 atletas nas decisões do COB. Uma Assembleia Geral no dia 6 deliberará sobre o tema.

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