Sem Falcão, Brasil supera a Itália no Grand Prix

Sem Falcão, vetado no aquecimento por causa de dores musculares na panturrilha esquerda, coube ao ala Ari ser o grande destaque da Seleção Brasileira de futsal na vitória sobre a Itália, por 6 a 1, pelas quartas de final do Grand Prix, no Ginásio Newton de Faria, em Anápolis (GO). Com uma boa atuação, Ari marcou 2 gols e ajudou o Brasil a ganhar a vaga na semifinal. Nesta sexta-feira, às 19h (de Brasília), a Seleção enfrenta o vencedor do confronto entre Paraguai e República Tcheca, que começa daqui a pouco.

Por conta de problemas com o seu ônibus, a Itália chegou atrasada ao gináasio. Dessa maneira, começou o aquecimento com atraso, em torno das 17h50. Enquanto os italianos seguiram se aquecendo, os brasileiros retornaram para o vestiário. Começou então uma série de discussões entre o representante da Fifa e integrantes das comissões técnicas do Brasil e da Itália.

Os italianos se recusavam a deixar a quadra sem efetuar o aquecimento completo. A mesa chegou a emitir quatro avisos sonoros, mas a Itália ignorou. Somente depois de fazer todo o trabalho, a Azzurra voltou para o vestiário. Por conta do atraso da Itália para chegar ao ginásio, a direção da partida já havia alterado o início do confronto de 18h para 18h20. O jogo, no entanto, só teve início às 18h38.

A partida começa disputada, com ambas as equipes criando bons lances. O pivô Wilde desperdiça, logo de cara, duas ótimas oportunidades para o Brasil marcar. Nas jogadas individuais, a Seleção ficava perto do gol, enquanto a Itália explorava os contra-ataques. No melhor deles, o ítalo-brasileiro Dos Santos finalizou na trave.

Após Fernandinho perder na cara goleiro Mammarella, o Brasil chegou ao seu primeiro gol. Ari aproveitou uma sobra e, com um toque magistral, tirou do goleiro. Em seguida, Ari jogou para fora a chance de ampliar. Mas o segundo gol veio depois que a defesa italiana se atrapalhou em chute de Vinicius e Gabriel aproveitou.

Mesmo vencendo, parte da torcida brasileira começou a gritar "Falcão, cadê você, eu vim aqui só pra te ver". Em quadra, os jogadores brazucas fizeram a torcida mudar o grito para o tradicional "olé´" depois que Ari roubou uma bola e chutou, inapelável. Seleção 3 a 0.

Os gritos de "olé" afetaram os italianos. Após Rafael tocar por debaixo das pernas de Marcio Forte, o fixo brasileiro se chocou com o adversário e caiu no chão. O juiz não marcou nada e os dois atletas se estranharam. Por fim, Saad desperdiçou uma boa chance para descontar o placar.

No segundo tempo, o Brasil seguiu agressivo no ataque e o técnico Marcos Sorato, o Pipoca, aproveitou a vantagem no placar para testar outras formações de quartetos. A equipe seguiu criando boas oportunidades, mas não conseguia ampliar.

A Itália, por sua vez, continuou explorando os contra-ataques, porém não assustava o goleiro Tiago. Até que numa jogada de escanteio, o ítalo-brasileiro Gabriel Lima pegou de primeira de descontou para os italianos. Em seguida, Saad, em lance individual, desperdiçou uma boa oportunidade para a Azzurra marcar o segundo gol.

Com o jogo chegando próximo do fim, o técnico Roberto Menichelli decidiu arriscar com o uso do goleiro-linha. Mas o juiz viu uma irregularidade no momento da troca e marcou tiro livre indireto. Ari rolou e Vinicius marcou para o Brasil. Ainda com goleiro-linha, os italianos sofreram um contra-ataque e Rafael fez outro para a Seleção. No fim, de longe, Carlinhos deu números finais ao jogo.

* O repórter Viaja a convite da CBFS