Santo André emite carta sobre o ocorrido no Brunão

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O Santo André emitiu uma carta contando sua versão sobre a confusão entre torcedores do Santo André, membros da comissão técnica e jogadores do Ramalhão. Na carta, o time andreense diz que entrou conversou com o jogador Cristiano Brasília e confia nas palavras do jogador que diz não ter feito nenhum tipo de gesto obsceno para a torcida.
A confusão na partida diante do Joinville teria ocorrido em razão de o meia Cristiano Brasília ter feitos gestos obscenos para a torcida, que se irritou e invadiu os vestiários do time andreense.
Segue a carta publicada no site do Santo André sobre os incidentes:
"Em primeiro lugar, o pensamento da diretoria é exatamente o mesmo que externou o Presidente da Organizada: "Não se deve admitir, em hipótese alguma, cenas como as acontecidas após o jogo contra o Joinville. A partir do momento que se usa de violência para reivindicar o que quer que seja, perde-se a razão."
No mais, no tocante ao esclarecimento prestado pela Organizada, devemos ressaltar o seguinte:
1. Após o jogo, através do Diretor de Futebol, procuraremos o Presidente da torcida, em cuja oportunidade pedimos serenidade na apuração dos fatos;
2. Neste momento, o Sr. Renato Ramos, Presidente da Fúria Andreense, afirmou que repudiava a atitude dos torcedores, mas que a ira dos mesmos foi desencadeada a partir de um gesto do jogador Cristiano Brasília, que teria mostrado o dedo médio para os torcedores na saída do gramado;
3. Ao voltar para dentro do Estádio Bruno José Daniel, o dirigente encontrou o atleta Cristiano Brasília, juntamente com o seu filho (um garoto de não mais de oito anos) e conversou com o atleta, pedindo explicações sobre o relatado, todavia, ele ficou surpreso e disse que somente olhou para a arquibancada e chamou com um aceno de mão sua mulher e seus filhos que estavam próximos da torcida. Relatou, ainda, que mesmo que tivesse de cabeça quente, não tomaria tal atitude, uma vez que repudia esse tipo de atitude e, ainda, ressaltou, novamente, o fato de que sua família estava ali perto e não daria esses exemplos, em hipótese alguma, aos seus filhos. Nesta mesma oportunidade, o filho do jogador confirmou o que o pai dizia;
4. De nossa parte a resposta do jogador foi satisfatória, uma vez que conhecemos a conduta do jogador e temos absoluta certeza de que o mesmo não colocaria a segurança de sua família em risco, pois viu como estavam os ânimos dos torcedores;
5. Deve-se salientar que, quando da contratação dos jogadores Batata, Marcelo e Henrique, integrantes desta torcida, por não concordarem com essas aquisições, já haviam mandado recado, ameaçando adentrar nas dependências do Estádio, a fim de promover desordem. Falaram que iriam "quebrar tudo". Assim, no nosso entender, ao que parece, encontraram um motivo (inconsistente) para demonstrar o seu descontentamento;
6. Contrariamente ao que foi informado na nota de esclarecimento, havia um segurança na porta que dá acesso aos vestiários (embaixo da arquibancada), todavia, utilizando-se da truculência, mais de 20 (vinte) torcedores empurraram o segurança, correndo em direção aos vestiários. Também, há que se aclarar, que os torcedores não se limitaram a ficar atrás da porta de vidro, mas a ultrapassaram, chegando à porta de ferro dos vestiários, em cujo momento entravam o Assessor de Imprensa, Miguel Fagundes, o Fisioterapeuta, Jamanta e o Diretor de Futebol, Capella. Eles já chegaram gritando palavras de ordem e falando que pegariam todos e, nesse momento, as três pessoas citadas conseguiram fechar o portão de ferro antes que os INTEGRANTES DA TORCIDA ORGANIZADA FÚRIA ANDREENSE adentrassem o local (se isso ocorresse, certamente o problema teria sido maior). Ocorre que foi verificado que ainda havia jogadores lá fora e, os jogadores que já estavam no vestiário, ao escutar a gritaria que tomava conta do local, abriram a porta para "resgatar" seus companheiros. Nesse momento, houve um pequeno confronto, mas os integrantes da torcida bateram em retirada, antes, porém, invadiram a sala da administração do Estádio e "armaram-se" do que puderam. Ai, sim, ficaram após a porta de vidro, e com a imediata chegada dos jogadores, começaram a arremessar o que tinha nas mãos. Obviamente, com toda ação gera uma reação, os jogadores devolveram os objetos em direção aos torcedores, que foram dispersados com a chegada da Polícia Militar;
7.Ainda, contrariamente ao que afirma a nota de esclarecimento, não havia somente pessoas com roupas da "Organizada", mas, inclusive, diretores da mesma. Aliás, confirma-se que todos os envolvidos são muito conhecidos de todos e fazem sim, parte da torcida citada e já estiveram envolvidos em episódios desta natureza.
De tudo o que se relatou, depreende-se que por trás dessas manifestações, há, sem dúvida, interesses outros, uma vez que poderia até haver descontentamento por parte da torcida pelo resultado que nos foi tirado nos momentos finais, entretanto, não se pode deixar de ressaltar e enaltecer o espírito de luta que permeou todos os atletas durante a partida, onde jogamos com um jogador a menos desde o começo.
Entendemos que esse é um momento de união e que todos que, realmente, amam E.C Santo André deveriam estar irmanados e caminhando juntos até o último jogo desse Campeonato, mas, infelizmente, não é isso que se vê.
Diretoria
E.C Santo André"
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