Ronaldinho e Luis Fabiano retornam, mas não decidem

Era o retorno dos craques. De Luis Fabiano, após sete anos na Europa e alguns meses de lesão, em sua reestreia pelo São Paulo. E de Ronaldinho Gaúcho, que cumpriu suspensão contra o América-MG, na última rodada, em jogo que, curiosamente, encerrou a série negativa de dez jogos sem vitórias – mesmo sem o meia.

Os olhos de todos estavam em cima deles. Com cinco minutos de jogo, o atacante deu seu primeiro toque relevante na bola. Mas com a mão, em falta assinalada pelo juiz.

– É só o primeiro jogo. Tem de relevar algumas coisas – alertava Adílson Batista, antes do apito.

Os erros, naturais pelo tempo inativo, aparaceram. Sinal de que o camisa 9 desaprendeu a jogar? Nada disso! Fabuloso estava só se ambientando novamente ao Morumbi, a sua casa. Aos 21 minutos, teve um chute de fora da área travado.

Travada como as jogadas de Gaúcho. Livre pela esquerda, tentava distribuir a bola pelo ataque, assustando (não a Rogério, sempre seguro) em cobranças de falta.

Para a sorte do Fla, Luis Fabiano ainda não está no melhor de sua forma técnica e física. Porque, noutros tempos, balançaria a rede quando teve duas chances no mesmo lance: uma que Alex Silva salvou no último instante e outra que, após desvio, foi no travessão.

Com um atacante de área, o Sampa levou perigo. Óbvio e exato como uma conta matemática. E como a fórmula sempre repetida por Ronaldinho: os passes açucarados. Até o intervalo, foram dois: um para Deivid e outro para Thiago Neves, que Rogério Ceni salvou.

– Estou me sentindo meio pesado – admitiu Fabuloso em campo.

De peso como seria um gol dele na etapa final, mas que parou primeiro na trave, depois em Felipe. Com a expulsão de Lucas, o estreante cansado deixou o jogo. Já o cabeludo cadenciava a partida. Um lançamento na medida para Diego Maurício, que escorou para Thiago Neves, poderia ter decidido o jogo.

Mas foi Renato Abreu, longe do foco, que definiu em chute despretencioso. 2 a 1 no placar do Morumbi. Sorte fabulosa para o meia e para o Flamengo, que volta à briga pelo título nacional.