menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Porque sim, Zequinha! Após chance inesperada, lateral se firma no Santos

Dia 01/03/2016
04:18

  • Matéria
  • Mais Notícias

Aos 21 anos e sem espaço no Santos, Zeca estava de malas prontas e passaporte carimbado para os Estados Unidos. De repente, o técnico Dorival Júnior assumiu o Santos e colocou o camisa 37 – logo na primeira oportunidade –, como titular do time. Qual o motivo? Ué... Porque sim, Zequinha!

Mas diferentemente do personagem da antiga série Castelo Rá-Tim-Bum, que tem um personagem com seu nome, o lateral santista não costuma questionar as decisões do chefe. Assim como fez sob o comando de Enderson Moreira, em 2014, ele acatou as ordens do treinador e foi para jogo há um mês.

Em 2015, no entanto, Zeca não saiu do time. Pelo contrário, ganhou moral com Dorival Júnior e será, pela sétima vez seguida, titular do Santos neste sábado, às 18h30, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela 19rodada do Brasileirão.

Mas afinal, se Zeca e Dorival nunca trabalharam juntos, por que o técnico gosta tanto do futebol do lateral esquerdo? Porque... Nada de resposta pronta! O garoto de 21 tem, sim, explicação e argumento.

– Eu aprimorei a parte defensiva. Eu já tinha ofensividade, era meia na base, e o Dorival estudou fora no tempo em que esteve parado, deve ter visto isso, o lateral que volta para marcar. Eu volto rápido e isso acontece lá fora. Tem a simplicidade também, de dar dois toques na bola. Acredito que isso ajude, mas procuro ouvir o que ele e o Lucas (auxiliar técnico) passam – analisa, em entrevista ao LANCE!.

Neste sábado, Zeca volta a ver o que foi parte de sua infância, e isso não tem nada a ver com o Castelo Rá-Tim-Bum. Aos 12 anos, ele passou pela base do Atlético-PR, mas quis o destino que ele voltasse ao Santos, onde começou a jogar futebol.

Chegou a hora de mostrar porque, pela segunda vez, ele se firmou no Santos. E a resposta é óbvia:

– Porque... Estou feliz agora!

BATE-BOLA com ZECA
Lateral-esquerdo do Santos, ao LANCE!

Você teve poucas chances em 2014 e não voltou mais. Agora está jogando de novo. Como se sentiu?
Mexe com a gente um pouco, o que é normal, porque sempre quero jogar. Mas depois me machuquei e voltei a jogar, então fiquei bem feliz. Fico mais feliz agora com essa sequência.

Por que está se destacando mais agora do que foi em 2014?
Está dando certo. São alguns posicionamentos que eu vinha errando, que agora estão me auxiliando bastante, como adiantar marcação, atacar na hora certa. Venho atuando bem e consegui dar passe para gol até. Estou gostando.

Você já deu duas assistências em sete jogos. Duas para o Gabriel. Essas jogadas foram ensaiadas?
Nos treinos têm as movimentações. No caso desses dois gols, no primeiro, o Ricardo Oliveira puxou a marcação e o Gabriel fez o facão. Dá para ver e colocar a bola. No outro, que foi no segundo pau, o Gabriel estava aberto, aí bati forte para o atacante entrar.

Pelo fato de esses dois passes terem sido de pé direito, acaba a discussão de que lateral-esquerdo tem que ser canhoto?
Comigo nunca questionaram por que não jogo na direita. Sempre gostei da esquerda. Estou treinando mais e vou começar a cruzar mais de esquerda. Mas cruzamento com o pé direito também é perigoso, fechado, cortando para o meio, na direção do gol, costuma ser bastante perigoso.

Pelo que você já tinha planejado, como seria a sua vida nos Estados Unidos? Onde jogaria?
Me falaram que eu ia ficar em Ohio, jogaria no Columbus, me dariam suporte: casa, carro, tudo, mas surgiu a oportunidade de jogar e ganhar um jogo. De um dia para o outro. Na quinta o Dorival foi anunciado e deu treino na sexta. Eu estava com o passaporte... Mas fiquei feliz. É Deus, só pode. Acontecem umas coisas que a gente nem imagina. No começo, quando veio a proposta, procurei tudo, a cidade, tradutor até. Do nada mudou e está dando super certo até agora.

Você tem a concorrência de três laterais esquerdos. Como manter a titularidade até o fim do ano?
É uma concorrência sadia. O Emerson Palmieri era profissional e descia para jogar na base, quando eu estava lá, e tomava minha posição (risos). Mas é uma amizade legal, brincamos muito entre nós quatro (Caju, Emerson e Chiquinho). Mas ninguém sabe o dia de amanhã, eles são grandes atletas e são grandes sombras. Tem que treinar e tentar manter a titularidade.

Como foi a passagem que teve pelo Atlético-PR ainda na base?
Comecei aqui no Santos, fui para lá com 12 anos. Mas fiquei só um ano, passei por outros clubes e voltei.

QUEM É ZEQUINHA?

NOME - Zequinha, personagem do infantil Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura.

CARACTERÍSTICAS - Criança, sapeca e muito curioso. Quando não entende algo, já dispara "Por quê?", iniciando uma sequência de perguntas até alguém perder a paciência e responder ríspido: "Porque sim, Zequinha!"

A SÉRIE - Protagonizada por Nino, um garoto de 300 anos, a série de caráter educativo foi produzida na década de 90 e passa até hoje na Cultura.

  • Matéria
  • Mais Notícias