Pai de Belfort aconselha o filho sobre futuro no UFC: ‘Não pode ficar parado’

Ser pai de um fenômeno do esporte não deve ser nada fácil. Que o diga José Marcos Belfort, pai de Vitor, um dos maiores nomes do MMA mundial. Ao LANCE!Net, o mineiro abriu o coração neste Dia dos Pais e falou sobre o orgulho que sente do filho, relembrou momentos da vida de Vitor e elegeu seu presente favorito. José também deu um conselho ao lutador carioca. Sabendo da situação atual de Belfort na categoria dos médios, o pai entende que a melhor ideia é que o atleta siga em atividade em outro peso enquanto a revanche entre Anderson Silva e Chris Weidman não acontece.

Segundo José Marcos, Vitor Belfort "não pode ficar parado" à espera da chance pelo título. Para ele, uma luta em peso casado ou nos meio-pesados é uma boa ideia para seu próximo passo na organização.

- Se o Vitor vencer a luta do título que ele merece fazer, ele será o único a ter três cinturões da organização em categorias diferentes. Ele passou o cerol em todo mundo. Vitor já disse: ele é um soldado, quem decide é o UFC. Mas o que eu acho é que ele não pode ficar parado. Tem que lutar. Ele luta na categoria de cima com qualquer um, seja em peso casado ou nos meio-pesados. Ele quer mostrar que não tem medo de ninguém - analisou o pai do fenômeno.

Neste Dia dos Pais, José Belfort ainda relembra o presente mais marcante que já recebeu de Vitor. Mais do que o presente, o ato do filho se tornou mais representativo na ocasião que o emocionou.

- Me lembro bem que Vitor me deu uma taça que ele ganhou no Pride. Uma peça bonita, japonesa, cortante... Vou devolver para ele, pois é tão bonita que quero que ele passe para o meu neto. Foi uma lembraça simbólica, mas aquilo me marcou. A forma como meu filho me entregou algo que ele conquistou... Para um pai isso é muito valioso - se emocionou.

Confira um bate-papo com José Marcos Belfort
Sabemos que, quando uma mãe vê o filho entrando no mundo das lutas, ela fica com o coração na mão. Como é para um pai?
Eu fiquei conformado, pois tentei que ele jogasse tênis e futebol. Mas ele acabou virando lutador. Quando ele decidiu lutar, coloquei ele para treinar com os melhores. Ele começou treinando jiu-jitsu com o Carlson Gracie e boxe com o Claudio Coelho. Vi que ele tinha talento e era o que ele queria. Temos de deixar o filho seguir aquilo que ele quiser escolher. Acho bacana. Claro que dá um frio na barriga quando ele vai lutar. Nos preocupamos com o que pode acontecer. Mas acho que o Vitor hoje está maduro, já passou por muitos obstáculos. Depois de tanto tempo, ficamos mais seguros e tranquilos do que antes.

Como é ser pai de um "fenômeno"?
Tenho muito orgulho. Se ele fosse um excelente engenheiro ou físico nuclerar, já seria orgulhoso. Nas lutas, ele representa o Brasil, trouxe o UFC para a Globo... Na minha opinião, todos deveriam agradecer ao Vitor pelo que ele fez. Tenho muito orgulho dele. Ele é um fenômeno como ser humano, homem e cidadão.

Como será o seu Dia dos Pais?
Estou em Belo Horizonte e ele em Boca Haton, na Flórida. Mas a paternidade está no espírito. Vamos nos falar por Skype. Estamos sempre juntos. A gente está sempre ligado.

Qual presente você gostaria de ganhar do Vitor nesta data?
Sinceramente, nada material. Quero ganhar o carinho dele como filho e como pai. E que ele continue meu amigo. Sou muito família, sabe... Os patrimônios que tenho, digo que são a família e os amigos.