Marcos: 'Tenho o sonho de fechar a carreira com esse título'
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A semana foi especial para Marcos, que completou na quinta-feira 15 anos de seu primeiro jogo por um torneio oficial como titular do Palmeiras. O duelo foi pelo Paulistão, contra o Botafogo-SP, em 1996, mas é neste domingo, diante do Bota carioca, que o ídolo estreia em seu último Brasileirão.
Serão as últimas 38 rodadas de um torneio disputado 12 vezes pelo Santo. Ele só não jogou em 2000 e 2007, machucado, e em 2003, quando conduziu o Palmeiras de volta à elite com a conquista da Série B.
Com limitações no joelho esquerdo, Marcos não aguentará as 38 partidas. Mas quer jogar o máximo e, quem sabe, conquistar o título que ele só ganhou de fora, quando só fazia parte do elenco nos supertimes campeões de 1993 e 1994.
Cada jogo será especial, cada estádio, cada adversário. E o sentimento ainda é confuso para ele.
– Às vezes me dá alegria de chegar no fim do ano e ter de parar, mas depois dá tristeza, pois terei de mudar de profissão. Estou convivendo com vários sentimentos. Estou procurando aproveitar o máximo dos treinos, dos jogos, para chegar no fim do ano e estar com a cabeça boa para a aposentadoria – disse Marcos, que atendeu ao LNET!, antes da viagem para São José do Rio Preto.
Só jogar, no entanto, não basta. O desejo é terminar 2011 por cima.
– Cada estádio que eu entrar vai ser como se fosse uma despedida. Mas tem de ser uma despedida boa de cada lugar, com vitórias. Não adianta ficar jogando, sem ganhar, só para se despedir. Tenho um sonho e esperança de fechar a carreira com um título de Brasileiro, seria importantíssimo – comentou o camisa 12.
Marcos não coloca metas, como números de jogos a atuar. Felipão está animado com o desempenho do goleiro, que será o titular neste início, caso nada de anormal ocorra.
– Vai ter um momento com sequências de quarta e domingo que vou penar (a partir do fim de junho). Vou fazer o possível para jogar o máximo que eu conseguir – afirmou.
No Paulistão, Marcos jogou apenas três jogos. Na Copa do Brasil, a estreia do goleiro foi trágica: 6 a 0 para o Coritiba, com críticas ao time e eliminação. Algo a ser esquecido.
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As últimas chances de títulos do ídolo estão no Brasileirão e na Copa Sul-Americana. Para os jogos de despedida, Marcos só lamenta não ter o Palestra como casa (ler abaixo).
Neste domingo, o Santo joga sua 512ª partida pelo Verdão. Faltam pouco mais de seis meses para o adeus do ídolo.
Bate-Bola: Marcos
Para o Felipão, o Palmeiras brigará na ponta. O que você espera?
É um campeonato difícil. Todos times estavam jogando estaduais, uns são fracos, outros mais fortes. A gente precisa de duas, três rodadas, para dar uma analisada nos times, ver qual vai dar trabalho.
Vocês chegaram perto da taça em 2009. Qual receita do torneio?
São muitos pontos. Por ser um campeonato longo, tem um desgaste físico muito grande. É fundamental ter um elenco bom, porque peças importantes se machucam e ficam fora de jogos importantes. Isso é o fundamental, ter peças de reposição. Em 2009, machucou Pierre, Cleiton Xavier e Maurício Ramos e nós pagamos por isso.
Qual é o melhor time do Brasil?
O Cruzeiro tem uma baita time, deu azar na Libertadores. O Santos, com o Muricy, está bem mais arrumado na marcação e tem o Neymar, que desequilibra. O São Paulo, Flamengo, Inter... Esses têm bons times, são os principais candidatos no papel. Mas na prática é bem diferente.
Como será não ter casa, pela primeira no BR, do início ao fim?
Acho péssimo. Eu foi um dos que mais sentiu isso. Por mais que goste do Pacaembu, é ruim não ter uma casa. Joguei 237 jogos no Palestra. Era a nossa casa.
O que sente quando vê a reforma hoje, com o Palestra demolido?
Dá dó, né (risos). O Palmeiras vai ganhar com isso. Mas todo torcedor do Palmeiras tinha um carinho especial pelo Palestra. Demorou muito para demolir. Jogamos seis meses no Pacaembu com o Palestra fechado, com condições de jogar. Poderiam ter fechado no fim do ano (risos). Tenho uma tristeza grande. É um estádio que eu gostava. Mas a Arena nova vai ficar bacana.
Você foi bicampeão brasileiro, mas sem jogar, em 1993 e 94. Qual a recordação?
Era diferente, tinha mata-mata. O Palmeiras era uma seleção. Hoje vai ser difícil alguém ter um time daquele. É como pegar o Barcelona e colocar para jogar no Brasil. A gente torce para ter contratações boas. Terminar como campeão seria bom para mim, para o Palmeiras. Se terminar com a vaga na Libertadores, também termino com prazer.
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