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Corinthians volta à mira e ex-jogadores dão dicas contra pressão da torcida

Dia 21/10/2015
19:34
Atualizado em 01/03/2016
01:12

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Orgulhosa por fazer o papel de 12º jogador em campo, a torcida do Corinthians vai de um extremo a outro em curtos períodos de tempo. As promessas recentes de que “acabou a paz!” vieram menos de um ano após invasão ao Japão, que ocorreu também um ano depois do último episódio de violência para cima dos jogadores.

Em fevereiro de 2011, após eliminação diante do Tolima (COL), na Pré-Libertadores, torcedores picharam muros e invadiram o CT para apedrejar os carros dos jogadores. Aquela turbulência foi contornada com títulos e só seis atletas seguem no elenco? Alessandro, Fábio Santos, Ralf, Danilo, Júlio César e Danilo Fernandes.

Agora, cinco pontos à frente da zona de rebaixamento, o Corinthians tem vários jogadores que nunca viveram situação de crise, o que era rotina até cinco anos atrás. Para ajudar atletas como Cássio, Gil, Romarinho, Guerrero e Pato a lidar com a pressão, ex-corintianos acostumados com esse ambiente de conflito, deram suas dicas:

– Quem não sabe lidar com pressão não pode jogar no Corinthians. E quem está pressionado tem que reverter. Uma hora dessas não é bom ficar na rua ou ir para bares, restaurantes – disse o ex-atacante Edílson, jogador do Timão entre 1997 e 2000.

A saída do Capetinha foi justamente por conta de desentendimento com a torcida, que o agrediu no estacionamento do Parque São Jorge.

– Eu fui o único que saí do vestiário, por isso a pressão veio em cima de mim. Hoje não tem mais isso - disse o ex-jogador.

Em Itu, contra o Criciúma, o Timão tem chance valiosa de reagir. Ao menos de acordo com as expectativas do ídolo Roberto Rivellino:

– É normal essa crise. O São Paulo, por exemplo, há quanto tempo não passava por isso? Se ganha um jogo a torcida vibra, se perde volta a pressão. Isso faz parte do futebol. Os corintianos eram enaltecidos, hoje são xingados. É a cultura do futebol brasileiro. A responsabilidade agora é dos jogadores para reverter esse quadro. Se eles foram ao campo e mostrar que querem, o nível do Campeonato Brasileiro é tão baixo, que conseguem – explicou o ex-jogador.

Mesmo em má fase, Tite afirma que Corinthians está unido

Bate-bola com Edílson, ex-atacante do Timão. Deixou o clube em 2000, depois de ser agredido.

Como foi o episódio da sua briga com torcedores em 2000?
Fomos eliminados da Libertadores, os torcedores foram ao estacionamento, mas aquela cobrança não foi para mim. Hoje é muito mais fácil conviver com a pressão porque a torcida não tem contato.

Por que é mais fácil?
Porque o Corinthians se profissionalizou. Devido a tudo que aconteceu, fomos exemplos para que aquilo não voltasse a acontecer. Os jogadores de agora têm que agradecer a gente. Eu ter passado por aquilo ajudou o Corinthians.

Como os jogadores atuais devem lidar com a pressão?
Tem que estar preparado, não pode se abater. Quando o time joga solto é mais fácil. Mas na pressão alguns crescem e outros não.

O ideal é preservar a imagem?
Isso. Não é bom chegar em casa tarde, ou ir em bares e restaurantes, porque o futebol, felizmente ou infelizmente, mexe com a paixão.

Com a palavra... Ronaldo (campeão brasileiro em 1990 e goleiro do Timão por dez anos)

Na minha geração passamos várias dessas situações de pressão. Tem que focar no trabalho, esquecer a família, ficar trancado no CT. Em 91 ou 92, o time estava para cair no Brasileiro e tinha que ganhar dois jogos para escapar. O que fizemos foi fechar o grupo, concentrar até o final do ano, porque as férias já estavam chegando. Agora é a mesma coisa. Tem que evitar lanchonete, restaurante, evitar isso e dar volta por cima. Jogar bola todo mundo joga, mas com pressão é difícil. Quem estiver formando o elenco para 2014 precisa ver quem aguenta e quem não aguenta.

Com a palavra... Bruno Octávio (ex-volante, hoje sem clube, rebaixado em 2007)

É uma pressão que poucos conseguem suportar. Parece que ninguém presta e a torcida te cobra em todo lugar, te xinga, a família sofre. O pessoal soltou rojão na porta do meu apartamento, recebi ameaças. Eu me sentia mal de ser encarado e reconhecido pelas pessoas enquanto passava por um vexame. Você não pode sair de casa, porque sempre alguém cobrando. É o maior time do Brasil, e tem torcida em todo lugar para te cobrar. Depois que caiu recebi algumas ameaças, o que extrapolou os limites. Tem que ir de casa pro treino e do treino para casa, não tem opção.

Orgulhosa por fazer o papel de 12º jogador em campo, a torcida do Corinthians vai de um extremo a outro em curtos períodos de tempo. As promessas recentes de que “acabou a paz!” vieram menos de um ano após invasão ao Japão, que ocorreu também um ano depois do último episódio de violência para cima dos jogadores.

Em fevereiro de 2011, após eliminação diante do Tolima (COL), na Pré-Libertadores, torcedores picharam muros e invadiram o CT para apedrejar os carros dos jogadores. Aquela turbulência foi contornada com títulos e só seis atletas seguem no elenco? Alessandro, Fábio Santos, Ralf, Danilo, Júlio César e Danilo Fernandes.

Agora, cinco pontos à frente da zona de rebaixamento, o Corinthians tem vários jogadores que nunca viveram situação de crise, o que era rotina até cinco anos atrás. Para ajudar atletas como Cássio, Gil, Romarinho, Guerrero e Pato a lidar com a pressão, ex-corintianos acostumados com esse ambiente de conflito, deram suas dicas:

– Quem não sabe lidar com pressão não pode jogar no Corinthians. E quem está pressionado tem que reverter. Uma hora dessas não é bom ficar na rua ou ir para bares, restaurantes – disse o ex-atacante Edílson, jogador do Timão entre 1997 e 2000.

A saída do Capetinha foi justamente por conta de desentendimento com a torcida, que o agrediu no estacionamento do Parque São Jorge.

– Eu fui o único que saí do vestiário, por isso a pressão veio em cima de mim. Hoje não tem mais isso - disse o ex-jogador.

Em Itu, contra o Criciúma, o Timão tem chance valiosa de reagir. Ao menos de acordo com as expectativas do ídolo Roberto Rivellino:

– É normal essa crise. O São Paulo, por exemplo, há quanto tempo não passava por isso? Se ganha um jogo a torcida vibra, se perde volta a pressão. Isso faz parte do futebol. Os corintianos eram enaltecidos, hoje são xingados. É a cultura do futebol brasileiro. A responsabilidade agora é dos jogadores para reverter esse quadro. Se eles foram ao campo e mostrar que querem, o nível do Campeonato Brasileiro é tão baixo, que conseguem – explicou o ex-jogador.

Mesmo em má fase, Tite afirma que Corinthians está unido

Bate-bola com Edílson, ex-atacante do Timão. Deixou o clube em 2000, depois de ser agredido.

Como foi o episódio da sua briga com torcedores em 2000?
Fomos eliminados da Libertadores, os torcedores foram ao estacionamento, mas aquela cobrança não foi para mim. Hoje é muito mais fácil conviver com a pressão porque a torcida não tem contato.

Por que é mais fácil?
Porque o Corinthians se profissionalizou. Devido a tudo que aconteceu, fomos exemplos para que aquilo não voltasse a acontecer. Os jogadores de agora têm que agradecer a gente. Eu ter passado por aquilo ajudou o Corinthians.

Como os jogadores atuais devem lidar com a pressão?
Tem que estar preparado, não pode se abater. Quando o time joga solto é mais fácil. Mas na pressão alguns crescem e outros não.

O ideal é preservar a imagem?
Isso. Não é bom chegar em casa tarde, ou ir em bares e restaurantes, porque o futebol, felizmente ou infelizmente, mexe com a paixão.

Com a palavra... Ronaldo (campeão brasileiro em 1990 e goleiro do Timão por dez anos)

Na minha geração passamos várias dessas situações de pressão. Tem que focar no trabalho, esquecer a família, ficar trancado no CT. Em 91 ou 92, o time estava para cair no Brasileiro e tinha que ganhar dois jogos para escapar. O que fizemos foi fechar o grupo, concentrar até o final do ano, porque as férias já estavam chegando. Agora é a mesma coisa. Tem que evitar lanchonete, restaurante, evitar isso e dar volta por cima. Jogar bola todo mundo joga, mas com pressão é difícil. Quem estiver formando o elenco para 2014 precisa ver quem aguenta e quem não aguenta.

Com a palavra... Bruno Octávio (ex-volante, hoje sem clube, rebaixado em 2007)

É uma pressão que poucos conseguem suportar. Parece que ninguém presta e a torcida te cobra em todo lugar, te xinga, a família sofre. O pessoal soltou rojão na porta do meu apartamento, recebi ameaças. Eu me sentia mal de ser encarado e reconhecido pelas pessoas enquanto passava por um vexame. Você não pode sair de casa, porque sempre alguém cobrando. É o maior time do Brasil, e tem torcida em todo lugar para te cobrar. Depois que caiu recebi algumas ameaças, o que extrapolou os limites. Tem que ir de casa pro treino e do treino para casa, não tem opção.

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