Se liga, Peixão! Como foi a primeira Série B de Palmeiras, Corinthians, Vasco e Cruzeiro?

Tormento de grandes clubes pelo Brasil, o fantasma de jogar a Série B se concretizou pela primeira vez na história do Santos. Raro para alguns, comum para outros, o rebaixamento é realidade na linha do tempo da grande maioria dos grandes clubes do país. De fato, disputar a segundona pela primeira vez é um marco histórico negativo, mas o Peixe pode se espelhar na campanha de estreia de alguns outros grandes para se livrar do pesadelo de uma vez.

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PALMEIRAS

A estreia do Palmeiras na segunda divisão aconteceu em 2003. A edição, que também teve o Botafogo como time de expressão, terminou domínio e título alviverde. Ao todo, foram apenas três derrotas contando a primeira fase e os dois quadrangulares. Confira os números:

Primeira fase: líder, com treze vitórias, oito empates e apenas duas derrotas.
Primeiro quadrangular: líder, com cinco vitórias e uma derrota em seis jogos.
Quadrangular final: líder, com cinco vitórias e um empate em seis jogos.

Nome do time no acesso, o artilheiro da Série B em 2003 foi Vágner Love, com 19 gols.

CORINTHIANS

Quatro anos depois, chegava a hora do rival Corinthians amargar a queda. Ao menos, no ano seguinte o Timão teria um recorde para chamar de seu: além do título, o time conquistou a melhor campanha da história da Série B. Com apenas três derrotas em 38 rodadas, foram 85 pontos conquistados, em um aproveitamento de incríveis 74,5%. A diferença entre o Timão e o segundo colocado, Santo André, foi de 17 pontos.

A artilharia do time na competição ficou dividida entre Dentinho e Herrera, ambos com 14 gols. Nenhum conseguiu chegar aos pés do líder da edição, Túlio Maravilha, que balançou as redes 24 vezes com a camisa do Vila Nova.

VASCO

Ao contrário das edições seguintes que viria a disputar, a Série B de 2009 foi muito tranquila para o Vasco. Repetindo o sucesso do rival interestadual na edição seguinte, o Gigante da Colina foi soberano e encerrou a competição com 76 pontos conquistados, sete a mais que o vice-líder Guarani.

O aproveitamento de pontos foi de 66%. Grande destaque e responsável pela campanha, a defesa do Cruz-Maltino foi, por muito, a menos vazada da Série B, com apenas 29 gols sofridos, onze a menos que segunda colocada, a do São Caetano.

A artilharia da edição ficou dividida entre Élton, do Vasco, Marcelo Nicácio, do Fortaleza, e Rafael Coelho, do Figueirense, todos com 17 gols.

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O Cruzeiro é o verdadeiro exemplo a não ser seguido pela futura campanha santista. Em meio ao caos institucional absoluto, a Raposa estreou de forma deprimente na Série B de 2020.

Sem chance alguma de acesso na última rodada, o Cruzeiro encerrou a campanha na 11ª posição, com apenas 49 pontos. No ano, o time celeste teve a quinta pior campanha como mandante, com apenas seis vitórias no Mineirão. Em campeonato marcado pela falta de público durante a pandemia, o Cruzeiro sofreu com a falta de apoio dos torcedores, fator comum às campanhas que tiveram sucesso na competição.

No ano seguinte, o desempenho foi ainda pior e o time amargou a 14ª colocação.