Durante a LlamaCon, uma conferência da Meta focada em inteligência artificial, foi anunciado que o WhatsApp receberá novos recursos de IA. Entre as novidades estão funcionalidades para resumir conversas e sugerir respostas automáticas. Essas inovações levantam questões sobre a privacidade dos usuários, especialmente no que diz respeito à leitura de mensagens pela plataforma.
A Meta esclareceu que essas funcionalidades utilizam uma tecnologia chamada “Processamento Privado”. O objetivo é atender às necessidades dos usuários de forma segura e privativa. A empresa busca garantir que, mesmo com o uso de IA, as informações dos usuários permaneçam protegidas.
Como funciona o “Processamento Privado” da Meta?
O “Processamento Privado” é um sistema que permite à IA da Meta acessar conteúdos de forma temporária e não rastreável. A tecnologia utiliza criptografia avançada e canais seguros para transferir dados até um Ambiente de Execução Confiável (TEE). Este processo envolve várias etapas, desde a obtenção de credenciais anônimas até a exclusão dos dados após o processamento.
O fluxo de dados começa com a obtenção de credenciais anônimas para garantir que as requisições venham de usuários reais. Em seguida, são buscadas chaves públicas de criptografia para implementar o protocolo Oblivious HTTP (OHTTP). A conexão entre o dispositivo do usuário e a Meta é estabelecida por meio de uma retransmissão terceirizada, ocultando o IP do solicitante.
O WhatsApp vai ler suas mensagens?
De acordo com a Meta, nem o WhatsApp nem a empresa terão acesso direto às mensagens dos usuários. No entanto, os modelos de IA, como o Llama, terão acesso temporário ao conteúdo para realizar o processamento necessário. Isso significa que, embora o sistema seja projetado para manter a privacidade, a IA terá contato com as mensagens.
O WhatsApp continuará a operar com criptografia de ponta a ponta, onde apenas remetente e destinatário possuem as chaves de leitura. A estratégia da Meta é simular uma comunicação direta entre usuário e IA, sem expor a identidade do solicitante à empresa.
Quais são os riscos do Processamento Privado?
Apesar das proteções implementadas, o sistema ainda apresenta vulnerabilidades. A Meta reconhece riscos como ataques à infraestrutura, comprometimento de fornecedores terceirizados e exploração de brechas por usuários mal-intencionados. A complexidade do sistema também amplia a superfície de ataque.
Para mitigar esses riscos, a Meta afirma que todo o processamento ocorre em ambientes isolados e inacessíveis por outros sistemas. As interações são criptografadas de ponta a ponta, e o acesso remoto ao shell dos ambientes de Processamento Privado é proibido.
Quais são os recursos esperados da IA no WhatsApp?

Os recursos de IA no WhatsApp serão totalmente opcionais, permitindo que os usuários escolham se desejam utilizá-los. A Meta também introduzirá um modo “Privacidade Avançada” para aqueles que preferem desativar todas as funcionalidades de IA. A empresa se compromete a manter a transparência em relação ao “Processamento Privado” e suas implicações.
Embora ainda não haja previsão para o lançamento dessas ferramentas, a Meta está ciente de que a comunidade pode não receber bem as novidades. A empresa destaca que a transparência e a segurança são princípios fundamentais nesse projeto.
Qual é a importância da inteligência coletiva nos esportes?
Assim como no WhatsApp, onde a inteligência artificial busca otimizar a comunicação entre os usuários, nos esportes, a inteligência coletiva e o uso de dados desempenham um papel crucial na análise de desempenho e na estratégia de jogo. Equipes esportivas modernas utilizam tecnologias avançadas para coletar dados em tempo real, permitindo ajustes táticos durante uma partida, similar ao ajuste das comunicações em plataformas digitais. Assim, a inteligência artificial no WhatsApp pode ser comparada ao “treinador digital” dos esportes, que analisa rapidamente para aumentar a eficiência e eficácia em tempo real.