Conhecida como a “Jamaica Brasileira”, São Luís é oficialmente a Capital Nacional do Reggae desde 2023, abrigando o único Museu do Reggae fora da Jamaica. Mas a capital maranhense não é apenas música: seus casarões revestidos de azulejos portugueses formam o maior conjunto urbano de azulejaria dos séculos XVIII e XIX em toda a América Latina.
Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997, a cidade preserva cerca de 4 mil imóveis tombados em seu centro histórico, onde a cultura afro-brasileira pulsa através da capoeira tradicional e do reggae que conquistou o coração dos maranhenses.
Como São Luís se tornou patrimônio mundial dos azulejos?
O centro histórico de São Luís foi tombado pelo IPHAN em 1974 e reconhecido pela UNESCO em 1997 por constituir um excepcional exemplo de cidade colonial portuguesa adaptada ao clima equatorial. A área preservada abrange 220 hectares com cerca de 1.500 imóveis que testemunham diferentes estilos arquitetônicos.
Os azulejos portugueses não eram apenas decorativos: resistiam aos fortes tempos chuvosos e amenizavam o calor do verão, funcionando como isolante térmico devido aos tons brancos que refletem os raios solares. O Museu Histórico e Artístico do Maranhão guarda o maior acervo de azulejos em exposição, principalmente portugueses, mas também franceses.
Por que São Luís é chamada de jamaica brasileira?
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São Luís conquistou oficialmente o título de Capital Nacional do Reggae em 2023, reconhecendo quase 50 anos de amor pelo ritmo jamaicano. O reggae chegou ao Maranhão na década de 1970, possivelmente através de ondas curtas de rádios caribenhas captadas por amadores, ou por marinheiros que traziam discos ao porto da cidade.
O ritmo ganhou características únicas em terras maranhenses: o famoso “agarradinho” – forma de dançar a dois que é única no mundo – e as radiolas, verdadeiras paredes de caixas de som montadas nas ruas. A cidade conta com mais de 200 radiolas e bandas como a pioneira Tribo de Jah, formada em 1986.
- Único Museu do Reggae fora da Jamaica, inaugurado em 2018
- Mais de 200 radiolas espalhadas pela cidade
- Jeito único de dançar “agarradinho” em pares
- Recebeu 100 mil visitantes no museu em menos de dois anos
Qual o papel da capoeira na cultura maranhense?
A capoeira tradicional se mistura harmoniosamente com outras manifestações culturais maranhenses como o Bumba Meu Boi, o Tambor de Crioula e o reggae. São Luís mantém viva essa herança afro-brasileira através de mestres que levam a arte até a Europa, como o servidor da Câmara Municipal conhecido como Luizão, que representou o Maranhão na França e Suíça.
Com 44 anos de dedicação à capoeira, mestres locais participam de eventos internacionais como “Saudade do Meu Maranhão” em Paris, contribuindo para a difusão da cultura maranhense. A capoeira é ensinada no Centro Cultural Educacional Acapus, no Centro de São Luís, mantendo viva a tradição para crianças, jovens e adultos.
Onde fica o primeiro museu do azulejo do Brasil?
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São Luís está criando o primeiro Museu do Azulejo do Brasil em um palacete de 1829, um dos exemplares mais notáveis da arquitetura luso-brasileira da cidade. O projeto de reabilitação é considerado uma das obras mais significativas de restauração do Centro Histórico.
O futuro museu planeja exibir uma coleção abrangente sobre a evolução artística e técnica dos azulejos ao longo dos séculos, destacando a relevância cultural dessas obras que marcam as fachadas dos edifícios históricos. A iniciativa valoriza ainda mais o patrimônio de uma cidade que possui o maior aglomerado urbano de azulejos da América Latina.
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Como o futebol movimenta a paixão ludovicense?
O futebol maranhense tem seus pilares no tradicional clássico entre Sampaio Corrêa e Moto Club, as duas principais forças do estado. O Sampaio Corrêa, fundado em 1923 e conhecido como “Tricolor de São Pantaleão”, é reconhecido por ter a maior torcida do Maranhão e ser o time mais vitorioso da história local.
O clube tem rivalidade histórica com o Moto Club, fundado em 1937, criando um dos clássicos mais disputados do futebol regional. Os jogos acontecem no Estádio Castelão e mobilizam multidões de torcedores apaixonados. O Sampaio chegou a disputar competições nacionais como a Taça Brasil de 1962, equivalente à atual Série A do Campeonato Brasileiro.
- Sampaio Corrêa: maior torcida do estado e time mais vitorioso
- Clássico Sampaio x Moto movimenta toda São Luís
- Estádio Castelão como palco dos grandes jogos
- História centenária do futebol na capital maranhense