O universo do fisiculturismo de elite envolve muito mais do que treinos intensos. As dietas desses atletas são planejadas de forma meticulosa para garantir a manutenção de sua massa muscular considerável, além de proporcionar a energia necessária para rotinas extenuantes de exercícios. Ao explorar os detalhes surpreendentes das dietas dos maiores fisiculturistas do mundo, é possível compreender melhor como a alimentação desempenha um papel central na trajetória desses gigantes do esporte.
Quantas calorias consomem os maiores fisiculturistas do mundo?
Fisiculturistas de ponta, como Samson Dauda, o Mr. Olympia de 2024, têm necessidades calóricas extremamente altas. Enquanto muitos podem se surpreender, esses atletas frequentemente consomem cerca de 7.500 calorias diariamente durante a off-season. Essa quantidade cumpre o papel crucial de apoiar não apenas a massa muscular existente, mas também o crescimento contínuo dos músculos.
As dietas são ricas em proteínas e carboidratos integrais, sendo suplementadas com shakes de whey e cafeína para um aumento energético adicional. Esses hábitos nos revelam como essas dietas são distantes das porções comuns, exigindo um comprometimento diário significativo para manter a dieta e a energia necessárias para um treinamento constante e intenso.
Por que alguns atletas preferem comida real em vez de suplementos?
Apesar do uso extensivo de suplementos no fisiculturismo, muitos atletas de elite preferem alimentos integrais. Nick Walker, um dos renomados fisiculturistas qualificados para o Mr. Olympia, escolhe não depender de shakes ou barras proteicas. Em vez disso, Walker opta por refeições completas que incluem carne, frango, arroz e gorduras saudáveis como abacate, além de frutas como banana e abacaxi.
Essas escolhas dietéticas sublinham um dos fatos mais surpreendentes sobre as dietas dos fisiculturistas: a dieta está enraizada em disciplina e alimentos integrais, mesmo em um campo frequentemente associado a suplementos artificiais. Essa abordagem reitera a importância de um regime alimentar equilibrado, centrado em nutrição genuína.

Como funciona a rotina alimentar de sete refeições por dia?
Para fisiculturistas como Phil Heath, sete vezes campeão do Mr. Olympia, a alimentação é tão rigorosa quanto o treinamento. Acordando por volta das 4h45, Heath divide seu dia em até sete refeições planejadas, totalizando entre 4.000 e 7.500 calorias. As refeições são cuidadosamente equilibradas com carnes magras, peixes, batata-doce e arroz branco.
Essa rotina reforça a ideia de que é necessário um grande empenho e disciplina para seguir um plano alimentar tão rígido. A constância e a precisão são essenciais para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas e que o físico do atleta continue a melhorar.
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Qual a estratégia por trás das refeições livres dos fisiculturistas?
Embora sigam dietas rigorosas, muitos fisiculturistas integram refeições de “trapaça” bem planejadas em suas rotinas. Essas refeições, embora mais livres, são estratégicas e visam mais do que simplesmente satisfazer desejos. Phil Heath, por exemplo, permite-se uma refeição livre durante fases de dieta, mas mantém o foco na qualidade, optando por restaurantes refinados e cortes nobres de carne.
Esse equilíbrio entre rigidez e flexibilidade é um dos aspectos mais marcantes das dietas dos fisiculturistas. Permite não só um alívio mental necessário, mas também sustenta o atleta em sua jornada constante de aprimoramento físico sem comprometimento à qualidade da dieta geral.
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Como os fisiculturistas manipulam a nutrição para competições?
Fisiculturistas frequentemente excedem as recomendações padrões de consumo de proteína. Estudos indicam que esses atletas ingerem entre 2 a 4,8 gramas de proteína por quilograma de peso corporal diariamente, distribuídas em 3 a 7 refeições. Durante períodos de competição, há uma redução gradual de carboidratos e gorduras, enquanto o alto consumo de proteína é mantido.
Outras estratégias, como os “refeed days” — dias em que a ingestão calórica é aumentada temporariamente — e a manipulação de sódio e fluidos durante a “peak week”, são práticas comuns. Essas técnicas são implementadas para maximizar a definição muscular e a vascularidade antes das competições, exemplificando o uso amplo de ciência e estratégia para alcançar resultados físicos desejados.