O futebol é um esporte em constante evolução, e novas normas e procedimentos são continuamente introduzidos para garantir a segurança dos jogadores. Recentemente, uma dessas inovações chamou a atenção de torcedores e especialistas: o cartão roxo. Em um jogo entre Estoril e Estrela da Amadora, esse cartão foi exibido, suscitando dúvidas e curiosidade. Ao contrário dos cartões amarelo e vermelho, o cartão roxo não é mostrado pelo árbitro, mas sim pelo delegado de uma das equipes. Sua aplicação está atrelada ao novo protocolo da Liga em relação à concussão cerebral.
A concussão é um tema de crescente preocupação no futebol e outros esportes de contato. Lesões na cabeça têm sido objeto de diversos estudos, que buscam entender seus impactos de curto e longo prazo na saúde dos atletas. No jogo em questão, Robinho, jogador que sofreu uma concussão após ser atingido na cabeça, precisou ser avaliado e, posteriormente, substituído. Essa substituição foi guiada pelo artigo 4.º do Regulamento das Competições da Liga, chamado de “Procedimento em caso de substituição por concussão”, que exige a apresentação de um cartão roxo pelo delegado.
O que é o cartão roxo?
O cartão roxo é uma ferramenta visual que foi implementada para aumentar a transparência e compreensão sobre as substituições feitas por motivo médico em campo. Ele não é decidido pelo árbitro, mas pelo corpo médico e pelo delegado da equipe que, após avaliação, julgam necessário proteger a saúde do jogador. Este procedimento foi adotado para garantir que todos os envolvidos no jogo, assim como a torcida, sejam informados sobre a natureza da substituição, realçando a seriedade com que devem ser tratadas as lesões na cabeça.
Qual é o impacto dos protocolos de concussão no futebol?

Com a introdução de protocolos mais rígidos, como a obrigatoriedade do cartão roxo, a Liga busca criar um ambiente de maior segurança para os jogadores. Os impactos são significativos, não apenas oferecendo mais proteção aos atletas, mas também promovendo um maior nível de responsabilidade entre equipes e organizações esportivas. Há uma mudança cultural em curso, incentivando jogadores e treinadores a reconhecerem e respeitarem sinais de concussão, evitando o retorno inadequado ao jogo que possa agravar lesões.
Como os torcedores e a comunidade do futebol estão reagindo?
As reações quanto à introdução do cartão roxo foram variadas. Alguns torcedores e profissionais do esporte elogiaram a medida, vendo-a como um passo vital para priorizar a saúde dos jogadores. Outros, ainda em processo de adaptação, buscam entender plenamente suas implicações e como ele funcionará na prática durante toda a temporada. Em geral, há uma compreensão de que, embora inovadora, a medida visa a segurança – um aspecto que ressoa de maneira positiva na comunidade esportiva.
Assim, à medida que mais jogos adotam essas práticas, espera-se que o cartão roxo e os protocolos associados se tornem normas aceitas e integradas ao ethos do futebol moderno. Enquanto isso, as discussões continuam, com o objetivo de sempre melhorar e adaptar as estratégias de proteção aos jogadores, buscando um equilíbrio entre a paixão pelo jogo e a segurança de quem o pratica.