O futebol brasileiro é repleto de histórias emocionantes, mas poucas são tão especiais quanto ver talentos sendo passados de pai para filho. Neste Dia dos Pais, celebramos essas dinastias únicas do esporte.
Desde grandes ídolos como Domingos da Guia até campeões mundiais como Mazinho, essas famílias provaram que o talento realmente pode ser hereditário.
Domingos da Guia e Ademir da Guia: O legado entre Flamengo e Palmeiras
Domingos da Guia é considerado um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. Ídolo absoluto do Flamengo, ele revolucionou a posição com sua elegância e técnica apurada, sendo pioneiro do zagueiro moderno que saía jogando desde a defesa.
Seu filho, Ademir da Guia, seguiu os passos do pai e se tornou uma lenda ainda maior. Conhecido como “O Divino”, Ademir é considerado o maior ídolo da história do Palmeiras, conquistando inúmeros títulos e encantando gerações de torcedores com sua genialidade em campo.
A curiosidade mais marcante é que pai e filho se tornaram ídolos de clubes rivais no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, mostrando que o talento transcende qualquer rivalidade.
Djalma Dias e Djalminha: Talento Palmeirense de duas gerações
Djalma Dias marcou história no Palmeiras, sendo peça fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 1967. Zagueiro de muita técnica, ele ajudou o Verdão a consolidar sua posição entre os grandes do futebol nacional.
Seu filho Djalminha herdou não apenas o nome, mas também o talento refinado. Revelado pelo próprio Palmeiras, o meia brilhou em diversos clubes:
- Palmeiras: onde iniciou sua carreira profissional
- Flamengo: conquistou títulos importantes no Rubro-Negro
- Deportivo La Coruña: fez sucesso no futebol espanhol
- Seleção Brasileira: representou o país em competições oficiais
Mazinho e os filhos Europeus: Uma família de campeões
Mazinho viveu o auge de sua carreira nos anos 1990, sendo campeão da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira. Volante de marcação e distribuição, também brilhou pelo Vasco da Gama e teve passagem marcante pelo Deportivo La Coruña, na Espanha.
Seus filhos Rafinha e Thiago Alcântara superaram até mesmo as expectativas criadas pelo pai. Ambos se tornaram jogadores de elite no futebol europeu:
- Rafinha: meio-campista, revelado pelo Barcelona, e atuou por clubes como Barcelona, Celta e PSG.
- Thiago Alcântara: meio-campista que brilhou no Barcelona, Bayern e Liverpool
- Thiago Alcântara conquistou a Champions League e títulos nacionais na Europa
- Thiago chegou a defender a Seleção Espanhola, enquanto Rafinha jogou pelo Brasil
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Lela e seus herdeiros: Do Coritiba aos grandes centros
Lela é uma lenda do Coritiba e do futebol paranaense. Atacante de muita qualidade, foi peça fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 1985, único título nacional do Coxa até hoje.
Seus filhos Alecsandro e Richarlison seguiram carreiras distintas, mas ambas coroadas de sucesso. Alecsandro se destacou como atacante em grandes clubes:
- Vasco da Gama: onde conquistou títulos importantes
- Atlético Mineiro: foi artilheiro e ídolo da torcida
Por que o talento passa de pai Para filho no futebol?
A hereditariedade no futebol vai além da genética. Esses filhos de craques cresceram respirando o esporte, tendo acesso a treinamento de qualidade desde cedo e absorvendo conhecimentos técnicos e táticos no ambiente familiar.
Além disso, a pressão psicológica de carregar um sobrenome famoso muitas vezes forja atletas ainda mais determinados e focados. O ambiente profissional que conhecem desde pequenos também facilita a adaptação aos altos níveis de exigência do futebol profissional.