Carson Branstine, de 24 anos, se tornou um dos nomes mais comentados do tênis mundial após sua participação no Wimbledon 2025. A canadense desperta curiosidade não apenas por sua performance nas quadras, mas também por conciliar a carreira esportiva com o trabalho como modelo profissional.
Três características marcantes definem sua trajetória:
- Passou por duas fases classificatórias antes de enfrentar a número 1 do mundo em Wimbledon
- Trabalha como modelo desde os 8 anos para financiar sua carreira no tênis
- Enfrenta críticas nas redes sociais por sua aparência física única
Como Carson Branstine chegou ao quadro principal de Wimbledon

A jornada da tenista canadense até o torneio mais tradicional do tênis mundial foi repleta de superação. Carson Branstine venceu três partidas nas fases classificatórias, derrotando adversárias experientes como a francesa Lois Boisson, semifinalista de Roland Garros.
Durante a campanha classificatória, ela também eliminou a ex-campeã do US Open Bianca Andreescu. Esses resultados surpreenderam o mundo do tênis, já que Branstine ocupava apenas a 197ª posição no ranking da WTA.
Sua estreia no quadro principal aconteceu contra ninguém menos que Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo. Apesar da derrota por 6-1 e 7-5, a tenista mostrou competitividade, especialmente no segundo set.
Por que ela trabalha como modelo para sustentar o tênis
Carson Branstine começou a trabalhar como modelo aos oito anos, mas sempre teve o tênis como prioridade. Hoje, ela considera que a proporção é de 90% tenista e 10% modelo.
O trabalho nas passarelas não é apenas uma paixão, mas uma necessidade financeira. Esse trabalho é essencial para cobrir os custos com viagens e competições, já que ela enfrenta entraves financeiros como atleta fora da elite do ranking.
Ela está contratada por duas agências de modelos – Wilhelmina Models e Neal Hamil Agency – e não possui patrocinadores importantes no tênis. A independência financeira dos pais sempre foi uma prioridade para a atleta.
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Quais críticas ela recebe nas redes sociais
O destaque em Wimbledon trouxe visibilidade, mas também ataques virtuais direcionados à sua aparência. Muitos a insultam online, dizendo que “parece um homem” ou que tem “olhos de alienígena”.
Os comentários de ódio mais comuns são contra ela por ser modelo, com usuários criticando suas características físicas. A situação se intensificou após sua performance no torneio britânico.
A resposta da tenista, no entanto, surpreende pela maturidade. Em vez de se abalar, ela encara os comentários como reforço da sua autenticidade, afirmando que isso confirma que a agência Wilhelmina tomou uma ótima decisão ao contratá-la.
Como ela reage aos ataques online

Carson Branstine transformou as críticas em fonte de empoderamento. Ela afirma que aceitar essas características é um modo de empoderamento, brincando que quando amigos perguntam sobre seu sósia famoso, responde: “ninguém, sou um alienígena”.
A tenista garante que os comentários maldosos não a afetam, dizendo aos haters: “Obrigada, não estão dizendo nada que eu não saiba”. Sua perspectiva é que ser diferente é justamente o que a torna valiosa na indústria da moda.
Essa postura reflete uma nova geração de atletas que usam a autenticidade como escudo contra o ódio online. Para ela, ser uma tenista de alto nível exige um certo grau de loucura, e talvez ser modelo também, então tudo faz sentido.
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Qual foi sua formação acadêmica e planos futuros
Antes de se dedicar integralmente ao circuito profissional, Carson Branstine estudou na Texas A&M University, onde se formou em Sociedade, Ética e Direito, com especialização dupla em Filosofia e Gestão Esportiva.
Durante a faculdade, ela ajudou a equipe da Texas A&M a conquistar o primeiro título nacional em 2024, demonstrando seu talento tanto nos estudos quanto no esporte.
A combinação entre formação acadêmica sólida e experiência nas quadras e passarelas faz dela uma figura única no cenário esportivo atual. Seus planos incluem continuar equilibrando as duas carreiras enquanto busca melhores posições no ranking mundial.
Carson Branstine representa uma nova geração de atletas autênticos
A história da tenista canadense vai além das quadras e passarelas. Ela simboliza uma geração de atletas que enfrentam desafios financeiros com criatividade e respondem ao cyberbullying com inteligência emocional.
Principais lições da trajetória de Carson Branstine:
- Autenticidade pode ser transformada em força, mesmo diante de críticas constantes
- Diversificação de carreiras é uma estratégia válida para atletas sem grandes patrocínios
- Resposta madura ao ódio online pode inspirar outros jovens a lidarem melhor com pressões sociais