Maicon Douglas Sisenando, conhecido no futebol brasileiro como Maicon, é um ex-jogador que se destacou principalmente como lateral-direito. Nascido em 26 de julho de 1981, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, ele construiu sua infância e parte da juventude em Criciúma, Santa Catarina, cidade que também marcou o início de sua trajetória esportiva. Essa ligação com dois estados do Sul do Brasil ajudou a moldar sua identidade dentro e fora dos gramados.
Apesar de ter nascido em solo gaúcho, Maicon se considera um legítimo representante catarinense, já que foi em Criciúma que deu seus primeiros passos no futebol. O atleta começou a chamar atenção ainda jovem, atuando nas categorias de base do Criciúma Esporte Clube, tradicional equipe do futebol catarinense. Esse início foi fundamental para o desenvolvimento de suas habilidades e para a projeção nacional que viria nos anos seguintes.
Como Maicon iniciou sua carreira no futebol profissional?
O pontapé inicial da carreira profissional de Maicon aconteceu no próprio Criciúma, onde foi promovido ao elenco principal no final da década de 1990. Suas atuações consistentes e a capacidade de apoiar o ataque sem descuidar da defesa chamaram a atenção de clubes maiores do cenário nacional. Em 2001, Maicon transferiu-se para o Cruzeiro, de Belo Horizonte, onde consolidou sua posição como um dos laterais mais promissores do país.
No Cruzeiro, Maicon conquistou títulos importantes, como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, ambos em 2003. Suas performances destacadas renderam convocações para a Seleção Brasileira e abriram portas para o futebol europeu. O início sólido em Criciúma e a passagem vitoriosa pelo Cruzeiro foram determinantes para a ascensão do jogador no cenário internacional.
Quais foram os principais momentos de Maicon na Seleção Brasileira?
Maicon vestiu a camisa da Seleção Brasileira entre 2003 e 2014, período em que se firmou como titular da lateral-direita. Participou de duas Copas do Mundo, em 2010 e 2014, além de conquistar títulos expressivos, como a Copa América de 2004 e 2007, e a Copa das Confederações em 2005 e 2009. Sua presença constante em convocações reflete a confiança dos treinadores em seu desempenho e regularidade.
Durante o Mundial de 2010, disputado na África do Sul, Maicon marcou um dos gols mais lembrados de sua carreira, em uma jogada individual contra a Coreia do Norte. O lateral também foi peça-chave no elenco que chegou à semifinal da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Sua trajetória com a amarelinha consolidou seu nome entre os grandes laterais da história do futebol brasileiro.
Como foi a experiência de Maicon no futebol europeu?
Após se destacar no Brasil, Maicon transferiu-se para o futebol europeu em 2004, inicialmente defendendo o Monaco, da França. No entanto, foi na Inter de Milão, da Itália, que o lateral atingiu o auge de sua carreira internacional. Entre 2006 e 2012, Maicon conquistou diversos títulos com a equipe italiana, incluindo quatro edições do Campeonato Italiano e a Liga dos Campeões da UEFA em 2010.
Na Inter, Maicon ficou conhecido por sua força física, velocidade e capacidade de apoiar o ataque, características que o tornaram referência mundial na posição. Posteriormente, o jogador ainda teve passagens pelo Manchester City, da Inglaterra, e pela Roma, da Itália, antes de retornar ao futebol brasileiro. O sucesso no Velho Continente consolidou sua reputação como um dos melhores laterais-direitos de sua geração.
Qual o legado de Maicon para o futebol brasileiro e catarinense?
O legado de Maicon vai além dos títulos e conquistas individuais. Sua trajetória inspira jovens atletas de Novo Hamburgo, Criciúma e de todo o Brasil, mostrando que é possível alcançar o topo do futebol mundial com dedicação e disciplina. O ex-lateral é frequentemente lembrado como exemplo de profissionalismo e superação, características valorizadas por clubes e torcedores.
Em Santa Catarina, Maicon é considerado um dos maiores representantes do estado no cenário esportivo internacional. Sua passagem pelo Criciúma abriu portas para outros talentos locais e ajudou a projetar o futebol catarinense no país. Mesmo após a aposentadoria, seu nome segue presente nas conversas sobre grandes jogadores brasileiros, especialmente entre aqueles que acompanham o esporte desde os anos 2000.