Daiane Muniz, natural de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, foi confirmada como a única árbitra principal brasileira na Copa América Feminina de 2025. Aos 37 anos, ela representa não apenas sua cidade natal, mas também o quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), destacando-se em um cenário de crescente valorização do futebol feminino na América do Sul. A competição será realizada no Equador, entre os dias 12 de julho e 2 de agosto, reunindo as principais seleções do continente.
A lista de profissionais convocadas para a arbitragem da Copa América Feminina foi divulgada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e inclui 33 nomes, entre árbitras e assistentes. Daiane Muniz terá o apoio de duas auxiliares brasileiras: Leila Naiara Moreira da Cruz, do Distrito Federal, e Maíra Mastella Moreira, do Rio Grande do Sul. Além delas, a competição contará com profissionais convidadas da UEFA, reforçando o intercâmbio internacional no quadro de arbitragem.
Como Daiane Muniz construiu sua trajetória na arbitragem?
O início da carreira de Daiane Muniz ocorreu em 2014, no Campeonato Sul-mato-grossense, onde rapidamente se destacou por sua atuação segura e conhecimento das regras. Em 2020, ela se tornou a primeira mulher a apitar como árbitra principal no estadual, em uma partida entre Corumbaense e Maracaju. Após esse marco, transferiu-se para São Paulo, integrando o quadro da FPF e ampliando sua participação em competições de maior visibilidade.
Desde então, Daiane acumulou experiências em diversos campeonatos nacionais e internacionais. Em 2025, ela já havia atuado em 12 partidas do Campeonato Paulista, incluindo a final entre Corinthians e Palmeiras, e foi reconhecida como a melhor árbitra de vídeo (VAR) da competição estadual. Sua atuação se estendeu a jogos da Copa do Brasil, Supercopa Feminina, Campeonato Brasileiro Feminino e divisões de acesso do futebol masculino, demonstrando versatilidade e preparo técnico.

Quais são os desafios enfrentados por árbitras brasileiras em torneios internacionais?
Participar de grandes competições internacionais exige das árbitras brasileiras não apenas domínio das regras, mas também capacidade de lidar com pressão, decisões rápidas e exposição midiática. Daiane Muniz, por exemplo, esteve envolvida em situações polêmicas recentes, como decisões de VAR em partidas importantes, o que resultou em afastamentos temporários e debates intensos na imprensa esportiva. Esses episódios evidenciam o rigor e a cobrança enfrentados por profissionais da arbitragem, especialmente em jogos decisivos.
- Adaptação a diferentes estilos de jogo: Árbitras precisam se ajustar às características de cada seleção e campeonato.
- Pressão da torcida e dirigentes: Decisões contestadas podem gerar protestos e repercussão nacional.
- Atualização constante: Mudanças nas regras e uso de tecnologia, como o VAR, exigem capacitação contínua.
Qual o impacto da presença de Daiane Muniz na Copa América Feminina 2025?
A participação de Daiane Muniz como árbitra principal na Copa América Feminina representa um avanço significativo para a arbitragem brasileira e para a presença feminina no futebol. Sua atuação serve de referência para novas gerações de árbitras, mostrando que é possível alcançar destaque em competições de alto nível. Além disso, a presença de profissionais brasileiras em torneios internacionais contribui para a troca de experiências e o fortalecimento do futebol feminino no país.
O torneio deste ano contará com dez seleções sul-americanas, divididas em dois grupos. O Brasil, tradicionalmente dominante na competição, busca mais um título e a classificação para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. A estreia da seleção brasileira está marcada para 13 de julho, contra a Venezuela. O desempenho das árbitras, incluindo Daiane Muniz, será acompanhado de perto, refletindo a importância do trabalho de arbitragem para o desenvolvimento do esporte.