Nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, milhares de atletas de diferentes países participam de competições que celebram a diversidade e a superação. Entre as modalidades presentes, algumas são exclusivas deste evento, destacando-se por sua importância e características únicas. Dois esportes, em especial, não fazem parte do programa olímpico tradicional: a bocha e o golbol.
Essas modalidades foram desenvolvidas para atender às necessidades específicas de atletas com deficiência, promovendo inclusão e igualdade de oportunidades. A presença desses esportes nos Jogos Paralímpicos reforça o compromisso do evento com a acessibilidade e a valorização das habilidades dos competidores, independentemente de suas limitações físicas ou sensoriais.

Quais esportes são exclusivos dos Jogos Paralímpicos?
A bocha e o golbol são as duas modalidades que não aparecem nas Olimpíadas, sendo praticadas apenas no contexto paralímpico. Ambas possuem regras adaptadas e foram criadas para proporcionar uma experiência esportiva justa e desafiadora para pessoas com diferentes tipos de deficiência. O reconhecimento internacional dessas modalidades cresceu ao longo dos anos, tornando-se símbolos de representatividade e inovação no esporte.
Bocha: tradição e estratégia nas Paralimpíadas
A palavra-chave principal deste tema é bocha. O esporte, cujo nome deriva do italiano “boccia”, tem origem em jogos europeus tradicionais e foi adaptado para atletas com deficiências severas. Desde 1984, a bocha integra o programa paralímpico, sendo disputada em quadras cobertas e com dimensões específicas. O objetivo do jogo é lançar bolas coloridas o mais próximo possível de uma bola-alvo, chamada de “jack”.
Na bocha paralímpica, as partidas podem ser individuais, em duplas ou equipes de três jogadores. Cada confronto é dividido em tempos, variando conforme a quantidade de participantes. A precisão e a tática são elementos fundamentais, já que a força do arremesso é menos relevante do que a habilidade de posicionar as bolas estrategicamente e bloquear o avanço do adversário. Os atletas podem utilizar as mãos ou, em alguns casos, dispositivos auxiliares para lançar as bolas, sempre respeitando as regras de classificação funcional que garantem a equidade entre os competidores.
- Quadra: aproximadamente 12 metros de comprimento por 6 metros de largura
- Participantes: jogos individuais, duplas ou equipes de três
- Objetivo: aproximar as bolas da bola-alvo
- Classificação: categorias baseadas no grau de deficiência
Como funciona o golbol e por que ele é exclusivo?
O golbol foi criado após a Segunda Guerra Mundial para reabilitar soldados com deficiência visual. O esporte consiste em duas equipes de três jogadores cada, que tentam marcar gols arremessando uma bola com guizos em direção à meta adversária. Todos os atletas usam vendas nos olhos, garantindo igualdade de condições para quem possui diferentes níveis de visão.
O campo de golbol tem nove metros de largura, e os jogadores podem usar qualquer parte do corpo para defender o gol. A comunicação e a percepção auditiva são essenciais, já que a bola emite sons ao se movimentar. O golbol foi incluído oficialmente nos Jogos Paralímpicos em 1980 e, desde então, se consolidou como uma das modalidades mais emocionantes do evento.
- Equipes de três jogadores
- Bola com sinalizadores sonoros
- Todos os atletas usam vendas
- Defesa com todo o corpo
- Partidas com dois tempos de 12 minutos